Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos. Contém temas sugestivos, linguagem inapropriada, nudez e violência.
Max vai ao encontro de Stephanie
e Luke. Ele sorri e diz:
– Felizes
em me ver?
– Não é como
se eu ligasse ou não pra sua condição ou algo do tipo.
– É um lesado
mesmo! Como conseguiu chegar aqui?
– Foi tudo
bem estranho, mas conto pra vocês o que foi que aconteceu:
“Quando
vocês dois deixaram o quarto, os guardas já estavam se aproximando. Eu tive que
raciocinar rápido e então me veio a idéia de usar o reflexo d’água pra fingir
que era eu. Dessa forma, pensariam que tinham destruído o tal garoto que
procuravam e eu poderia fugir despercebido depois que eles saíssem e encontraria
vocês depois. Foi bem arriscado. A minha sorte é que eles se descuidaram e não
foram até o quarto ver se tinha algo. Eu me escondi e estava com medo,confesso.
De
fato foi um sucesso e consegui sair pela porta minutos depois. Só que um guarda
com o rosto coberto me parou e eu desmaiei sem nem perceber. Quando acordei já
estava aqui, dentro dessa estranha cidade. Andei um pouco e ouvi uma voz
estranha e alguns barulhos. Uma das portas desse armazém estava aberta e ao
entrar, vi vocês dois e um monte de fios. “
– É, vaso
ruim não quebra fácil mesmo... Mas lesado, como destruiu aqueles fios que
faltavam?
– Eu usei meu
raciocínio quando vi que você e a Stephanie podiam destruir os de cor vermelha
e branca.
– Por acaso
está insinuando que eu não raciocinei? – pergunta Luke com um olhar nada
amigável.
– Não é isso.
Se acalme. Deduzi então que os azuis seriam destruídos por um golpe de água e
que o preto seria um “coringa”. Acabou que meu golpe destruiu todos – diz isso
rindo.
– Você até
que sabe usar a cabeça de vez em quando...
– Está me
elogiando, Stephanie?
– Tch! Não!
Estou só comentando algo que você devia fazer mais no dia a dia.
– Vamos parar
de conversinha e sair logo daqui – diz Luke.
Os três
deixam o armazém e escutam a risada do Sistema Pandemonium.
– Conseguiram
sair vivos graças à presença de um novo integrante... Porém, não se esqueçam
que ainda estão na cidade do Pandemonium. Não sairão daqui com vida.
– Poupe-me de
ouvir essa sua voz. Não estamos a fim de nenhuma brincadeirinha, querida
recalcada – rebate Stephanie.
– Você é de
longe a mais irritante, garota insolente. O meu criador não me programou para
lidar com esse tipo de gente, mas tenho uma nova brincadeira pra vocês.
– Não estamos
aqui pra brincar! Galera,vamos correr e sair dessa cidade o mais rápido
possível – diz Luke.
– Vocês podem
correr o quanto quiserem. Nada vai impedir de entrarem na brincadeira.
Os três
corriam pela cidade e ouviam a risada do Sistema. Aquele local estava vazio e
parecia uma cidade abandonada. Depois de vários minutos nessa correria, chegam
já sem muito fôlego, na frente de um pequeno edifício prateado. Era possível
ver que existia um elevador ao final dele, que levava para o topo. Max nota que
o céu da cidade era de mentira. Stephanie enxerga que aquilo era um tipo de
concreto, logo, não estavam em um local aberto.
– Que lugar é
esse? – Luke se pergunta – Algo me diz que devemos entrar nesse pequeno
edifício.
– E por acaso
temos alguma outra escolha? – questiona Stephanie.
A porta do
edifício se abre automaticamente. Os três entram muito desconfiados e observam
cada detalhe. Havia uma bela recepcionista sentada. A mulher estava usando um
vestido curtíssimo que detalhava todas as suas silhuetas. Ela era ruiva e tinha
cabelos longos. Tinha seios num tamanho médio e era possível notar que eram bem
arredondados, afinal, ela também os exibia indiretamente por conta do decote
nada discreto. Max corre para ir falar com a linda mulher. Stephanie faz cara
de quem comeu e não gostou e comenta:
– Não pode
ver uma mulher que já sai correndo feito um cachorro no cio.
– Será que você não está gostando dele? – se vinga
Luke.
– Claro que
não!
A
recepcionista não diz nada e apenas sorri ao ver Max se aproximando.
– Olá moça
bonita! É que eu meus amigos estamos perdidos. A senhorita poderia nos ajudar dizendo
que lugar é esse?
– Claro...
Sejam benvindos à Área 21! – diz a mulher com a mesma voz do Sistema
Pandemonium.
– Então é
você... – Max começa a se afastar assustado.
– E agora? –
a mulher se levanta – Ainda sou uma recalcada que não mostra a face?
– Pra mim
continua a mesma coisa. Uma indecente ainda por cima – diz Stephanie.
– De fato,
vocês conseguiram chegar até aqui com vida. Saibam que daqui pra cima, as
coisas não serão brincadeira. Vocês entrarão na área dos Domínios. A Área 21 é
o local onde vocês terão acesso a todos eles e...
– E está
pensando em nos impedir agora? – diz Luke já se preparando pra uma batalha.
– Não seja
idiota... Eu sou um Sistema e quando entro em um corpo, não tenho poder de
batalha. E bem, agora que já estão aqui... Não irei impedi-los. Afinal, fui
programada pra mudança de estruturas e não para combates.
– Então
porque você quase nos matou ali naquele armazém? – pergunta Stephanie.
– Quem mandou
vocês entrarem ali dentro? Se tivessem só seguido adiante, nada disso teria
acontecido. Ai, como estou cansada...
Trabalhei demais pra alterar a estrutura de todo o edifício. Se não se
incomodarem, ficarei aqui sentadinha. Vocês têm sete opções de morte. Escolham
a que quiserem e se divirtam.
– Qual o
problema dessa mulherzinha? Que irritante! – comenta Stephanie.
– Só estou
falando a verdade... A Área 21 é logo
ali.
Mesmo
desconfiados, os três seguem para o salão após a recepção. Era um lugar muito
bonito. O chão era todo coberto por um piso em xadrez preto e banco. Havia sete
portas. O que fariam agora?
– Somos
três... E temos sete opções... – comenta Max.
– O certo
seria cada um entrar em alguma. Assim a nossa chance de encontrarmos a Karen
seria bem maior – diz Luke.
– Eu não
quero andar sozinha por aí!
– Luke, se
estivermos em trio seria melhor porque ambos nos ajudaríamos.
– Mas e o
tempo que perderemos? Se quiser vão os dois juntos. Eu já estou indo sozinho e
entrarei nessa porta com esse símbolo esquisito.
Luke aperta o
botão e a porta se abre. Era um elevador.
–
Espera! – diz Max já correndo e
segurando a porta.
Ele entra e
Stephanie vem logo atrás. A porta se fecha o elevador começa a se mover sozinho
e de forma lenta.
– Qual o seu
problema? Eu sou o líder e disse que iria sozinho! Será que você não entendeu?
– Não seja
egoísta. É melhor estarmos todos juntos. Não sabemos o que tem dentro desse
lugar e até a mulher nos avisou que o que tem aqui em cima não é brincadeira.
Luke fica
emburrado e diz para Max fazer o que quisesse. De repente, a velocidade de
subida do elevador se multiplica. Os três tentam se segurar em algum lugar.
Luke estica sua mão e acaba escorregando para a parte traseira de Stephanie.
– Dessa vez
não fui eu... – comenta Max.
– Ora seu...
– Não foi por
mal, você viu que esse elevador se moveu bruscamente!
– Mas você
tocou lá e...
– Você está
excitada agora? Não, porque se fosse eu quem tivesse tocado aí sim estaria. Eu
tenho jeito com as mãos que você gosta – comenta Max e ri.
Stephanie
fica muito envergonhada e acerta o ombro dos dois garotos com um tapa.
– Pervertidos
lixos!
A porta do
elevador se abre e os três saem. Estavam em um local enorme e cheio de detalhes
cor de rosa. Flores e manequins com roupas diferentes espalhados por todo o
canto.
– Que
lugar divino! Olha só esse vestido.
– Chato... –
comenta Luke ignorando tudo.
– Olha só
Luke, tem até roupas íntimas aqui. Vem ver! – diz Max.
– No momento
só estou preocupado em resgatar a Karen.
– Olha o
tamanho disso... Cabe numa mulher?
– Cadê? Cadê?
– Luke dá um empurrão em Max e vê uma calcinha fio dental cor de rosa e com detalhes
de coração.
Max vai se
levantar e dá a mão pra quem pensava ser Stephanie. Ao ficar de pé, ele vê que
estava de mãos dadas com Maylu.
– Ai... Já
está segurando a minha mão? Que romântico! Você é bem rápido, garotinho...
– Espera!
Essa é... Essa é a mulher que seqüestrou a Karen! – grita Luke.
– Não fale
tão alto assim, gatinho. Prazer,sou Maylu Rosetta. Se não for perguntar
demais... O que trouxe vocês aqui ao meu domínio?
Próximo:
Capítulo 36 – Femme Fatale
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