Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos. Contém temas sugestivos, linguagem inapropriada, nudez e violência.
Matheo comenta que o Sistema Pandemonium entraria em ação
no máximo dez minutos. Marky e Maylu
ainda estavam um pouco assustadas pela decisão que Spencer havia tomado em tão
pouco tempo.
– Agora é só esperar. Se preparem, pois em alguns minutos o edifício
vai adquirir obter a forma do Sistema Pandemonium – comenta Spencer.
– E como encontraremos os domínios? Ai, já estou perdidinha! – diz
Maylu.
– Não se preocupe. Isso é o de menos. Lembre-se que nossa missão é
eliminar os intrusos. Até o início da manhã o sacrifício deve acontecer.
Malthus e Mest entram na sala de reuniões.
– Por quais motivos ativaram o Sistema
Pandemonium logo no começo? – pergunta Mest com uma expressão de insatisfação.
– Não íamos ter que ativá-lo de qualquer
jeito? Agora que detectamos dois intrusos e o sacrifício já está aqui dentro, o
mais correto a se fazer era fechar o edifício para o mundo – explica Spencer.
– Achei sua atitude completamente
precipitada...
– Não sei se perceberam, mas alguma coisa errada aconteceu. Todas
as celas do subsolo estão abertas! – retruca Malthus ao analisar um dos
computadores.
Todos se espantam com a notícia e Matheo logo checa do seu
computador que era verdade.
– Isso será um problema – pensa Spencer.
De repente, a cabeça de todos os membros começa a doer. Estavam
recebendo uma mensagem da Mistress.
– Sociedade M! Aprovo a ativação do Sistema Pandemonium. Saíam
dessa sala de reuniões e se dirijam aos seus respectivos domínios. Estamos
lidando com os herdeiros alfa! Por mais que possam parecer fracos, as minhas
visões ainda não mudaram. Eles continuam em nosso caminho. Os artefatos estão
selados para serem usados apenas no momento certo, por isso não direi a
localização dos mesmos nesse momento. Apressem-se, pois devemos detê-los até a
hora da cerimônia
Mest e Spencer se encaram de forma nada amigável e o primeiro se
retira da sala, seguido por Malthus que havia ido atrás dele. Marky comenta que
estava empolgada para conhecer novas pessoas e sai. Maylu se olha no espelho e
diz que deveria retocar a maquiagem urgentemente. Spencer fica por apenas
alguns segundos pensando sozinho, sorri de uma forma estranha e deixa a sala.
Stephanie e Luke se assustam ao ouvir o som das celas abrindo. A
primeira reação dos dois é correr em busca da saída do local. Era possível
ouvir gritos horrendos. Os seres estavam batalhando entre si. Como Luke e
Stephanie já estavam do outro lado, conseguiram passar despercebidos por
questões de segundos. Os dois encontram um elevador de vidro e entram. Ele
subia lentamente e à medida que isso acontecia, era possível ter uma visão do
local. O que estava acontecendo ali embaixo podia ser considerado uma guerra e
carnificina total. Seres matando uns aos outros. Apenas o mais forte sobreviveria, porém Luke
e Stephanie não queriam mesmo ficar ali para ver. O elevador finalmente chega a
outro piso. Os dois saem e um alarme é ativado. Com isso o elevador é selado e
um gás estranho começa a ser liberado. Os dois saem de dentro da sala que
estavam e se surpreendem ao abrir a porta. Estavam dentro de um pequeno armazém
que estava localizado dentro de uma cidade.
Os dois ainda permaneciam estáticos,
observando tudo que acontecia ao redor. Eles estavam mesmo dentro de uma
cidade. Porém não compreendiam como isso era possível. Será que o local onde
estavam não se passava de um subsolo e agora estariam na tal cidade descrita no
bilhete que Max havia recebido?
– Eu já não estou entendendo mais nada. Como
encontraremos a Karen no meio de uma cidade? – pergunta Stephanie.
– Seguindo os passos do bilhete...
Os dois se dão conta de que não estavam com o
bilhete.
– Droga! Aquele lesado deveria ter me
entregado o bilhete quando quis ser a distração dos guardas na pousada. Como
sempre, idiota!
– Eu me lembro de um negócio de rua rosa e
azul. Talvez devêssemos procurar por elas.
Os dois caminhavam no meio daquela cidade
aparentemente deserta. Mal sabiam que estavam sendo vigiados.
Enquanto isso, Mest entra irritado dentro de uma sala e liga os
computadores para observar o que estava acontecendo. Malthus chega logo em
seguida e o questiona:
– Porque está tão irritado? Aquela mulher autorizou tudo isso.
– Não é o fato de ela ter autorizado que me irritou. É o modo como
as coisas estão sendo conduzidas aqui dentro. Ah, e obrigado por perguntar...
– Não é como se eu me importasse com você ou algo do tipo... Mas,
sobre esse Sistema Pandemonium, eu não me lembro de – é interrompido por uma
chamada de vídeo.
– Mest! Malthus!
– Ora, ora. O que leva o grande gênio da nossa Sociedade a entrar
em contato agora? – pergunta Mest.
– O Sistema Pandemonium. Vocês têm noção do que ele pode causar,
não é?
– Certamente. Apesar de que o nosso amigo Malthus parecia estar
com dúvidas...
– Tch! Não era isso! Eu só não me lembrava de como ele funcionava.
Afinal, pouco foi dito para nós, os membros mais jovens.
– Pois bem... O Sistema Pandemonium altera
tudo o que existe nesse edifício. Por fora ele continua intacto e quem vê nada
desconfia. Porém, quem está de fora não consegue entrar e quem está aqui dentro
não pode sair até que ele se desative. Isso tudo por causa da mudança dimensional
que ocorre em seu interior.
– Entendo... Então quer dizer que nesse
momento já estamos sendo afetados e vivendo no contexto de outra dimensão. É
por isso que o espaço aqui dentro fica tão maior – comenta Malthus.
– Na verdade, essa é a verdadeira natureza
desse local. O mundo que é formado aqui dentro e todos os andares... O prédio é
que é uma fachada. O Sistema Pandemonium revela a verdade, apenas isso.
– Como sabe de algo assim, Mest? – pergunta
Matheo.
– Porque parte do meu poder está sendo usado
para isso.
Enquanto isso, Stephanie e Luke encontram um
salão enorme. A porta estava aberta e as luzes estavam acesas. Os dois entram
no local e observam que estava deserto. De repente as portas e janelas se
fecham. Uma risada estranha, parecida com a que Stephanie havia ouvido na
pousada, os assusta e logo em seguida a pessoa diz:
– Olá! Benvindos à cidade do Pandemonium.
– Quem é? – pergunta Luke.
– Vocês não têm o direito de perguntar, apenas
de tomar decisões e cumprirem o que será dito.
– Como
é? E quem você pensa que é? Até parece que vou obedecer a ordens de uma
recalcada que nem mostra a face – diz Stephanie.
– Queridinha, eu não tenho sexo. Sou apenas um
sistema criado para brincar com vocês.
– Nós não estamos a fim de brincadeiras.
Queremos encontrar nossa amiga e sair daqui.
– Que pretensiosos... Mas, só poderão sair
daqui se sobreviverem ao pandemônio dos fios – dá algumas risadinhas.
Quando os dois menos esperam, vários fios
surgem em todos os locais possíveis. O único local sem eles era o meio, onde
estavam.
– Notem que existem fios lindos de cores
diferentes. A brincadeira é vocês saírem daí em cinco minutos, ou então o salão
inteiro explodirá.
– Fácil. É só eu queimar todos que saímos
daqui!
– Espera Luke! Não parece ser algo que possa
ser queimado assim.
– Que garota esperta. Cada fio possui uma
propriedade especial. Se você fizer algo de forma errada, você simplesmente o
terá enrolado em você e sentirá o efeito em seu corpo. Quanto mais fios
enrolados, mais difícil a chance de sobreviver. Boa sorte... Vão precisar – dá
risadas malignas.
– Que droga! – Luke diz isso ao olhar para
cima e ver que um contador surge – Temos que pensar o que fazer.
– Espera... O ideal seria tentarmos passar sem
nos encostarmos nos fios, pelo menos é o que eu acho.
– Eles têm cores diferentes... Vermelho, azul,
branco e preto...
– Talvez tenham alguma característica
peculiar, eu não sei.
– Cansei!
Luke acende chamas em suas mãos e encosta no
fio azul. Ele se enrola fortemente no seu braço e o garoto sente fortes dores
seguidas de uma sensação de ser atacado por água. Stephanie pede ao garoto que
pare com isso, mas ele não dá ouvidos e encosta no fio branco. O mesmo acontece
e ele sente mais dores ainda. Em seguida encosta no preto e cai no chão. Já
estava com três fios enrolados no corpo. Mesmo com um pouco de dificuldade,
consegue tocar no vermelho que se destrói completamente.
– Acho que entendi a lógica disso!
– E qual é, Luke?
– Os fios vermelhos só podem ser destruídos
com fogo, logo eu acabarei com todos. Destrua todos os brancos que encontrar.
– Mas e se enrolarem em mim? Não quero sentir
dores!
– Apenas siga o que eu disse. Já faltam menos
de dois minutos!
Stephanie fica muito receosa, porém ao ver que
mal tinham tempo, destrói vários fios brancos e vê que Luke estava certo. Os
dois tentam encontrar fios nas cores compatíveis e já faltava um minuto. De
repente só sobraram pretos e azuis que ainda atrapalhavam a passagem.
– O que faremos agora? Se formos considerar a
questão de poderes, precisávamos da Karen e do Max aqui – diz Stephanie.
– Percebeu agora? – diz a voz misteriosa –
Essa brincadeira foi feita para jogar com quatro pessoas. Logo, se tivermos
menos jogadores, um deles terá que se sacrificar e passar por todos os fios pra
que eles se enrolem em seu corpo. Assim, o outro pode passar. Qual dos dois
será o corajoso?
Luke e Stephanie ficam tensos. Já faltavam 30
segundos para que o local explodisse. O tempo passava e já estava na contagem
regressiva de 5 segundos. Luke então toma a atitude e se movimenta. Porém, se
surpreende ao ver água por todos os lados e com isso todos os fios azuis e pretos
são destruídos. Não era possível ver
muita coisa por conta da fumaça e o contador havia sido destruído.
– O quê? Como isso é possível? Só tinha vocês
dois aí dentro! – grita a misteriosa voz espantada.
– Claro que não... O herdeiro da água chegou
mais uma vez pra ajudar, porque somos uma equipe!
Luke sorri discretamente como se soubesse que
algo do tipo aconteceria. Stephanie fica impressionada ao ver que era Max que
estava ali.
Próximo: Capítulo 35 – Área 21
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