Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos. Contém temas sugestivos, linguagem inapropriada, nudez e violência.
Luke se sente muito mal por não conseguir ter feito nada
pra impedir que Karen fosse sequestrada. Ele ainda se culpa, pois imagina que
ela tenha saído correndo após vê-lo beijando a outra garota e com isso acabou encontrando
Matheo e Maylu. Como num passe de mágica, o efeito da gravidade aumentada
desaparece e Luke consegue se movimentar. Ele se levanta e pensa rapidamente no
que poderia fazer. Não adiantaria correr atrás do carro, pois nesse momento ele
já estaria bem longe.
—Preciso de ajuda! Vou falar com Max e Stephanie,
imediatamente!
Luke corria como se estivesse fugindo de um monstro e entra
na recepção dos alojamentos. Ele nota que tudo estava escuro e não havia
ninguém nos arredores. Isso era muito estranho. Antes de sair, ele havia visto
a recepcionista e mais duas pessoas que trabalhavam por lá. O garoto se
aproxima do balcão e percebe que havia algo piscando. Seria algum tipo de
alarme? Ele então vê que as luzes piscavam mais rápido e nota que aquilo era um
pequena bomba. Em apenas alguns segundos ele consegue se jogar para trás e
escapa da explosão, que havia sido pequena e só destruiu a parte do balcão e
liberou fumaça.
Alguns segundos depois e Luke se levanta. Ele vê que
Stephanie e Max vinham correndo em sua direção.
— O que está acontecendo aqui? — pergunta Luke.
— Todas as outras pessoas desapareceram! Parecem ter sido
abduzidas por algum tipo de energia estranha — comenta Max.
— Como é?
— Nós vimos o professor de Matemática desaparecer na nossa
frente! Ouvimos uma risada estranha e o encontramos tentando fugir de umas
sombras horrendas. Ele disse pra fugirmos e quando notamos, ele havia sumido!
Foi horrível — comenta Stephanie com uma expressão assustada.
— Algo terrível aconteceu. A Karen foi sequestrada!
Max e Stephanie ficam surpresos e logo perguntam como e por
quem.
— Um homem e uma mulher estranhos... Eles a levaram pra
sabe-se lá onde. E é tudo culpa minha! Como faremos pra trazer a Karen de
volta? Eu não faço ideia...
— Calma, Luke. Eles a levaram de que forma?
— Eu só consegui ver uma limusine preta com um símbolo que
parecia o de uma letra ‘M’. Não consegui me mover direito porque o cara usou um
poder estranho que me deixava mais pesado. Foi aí que eles sumiram pra bem
longe com ela.
— Isso é extremamente tenso! E não tem ninguém aqui nesse
lugar pra nos ajudar — comenta Stephanie.
— Isso foi agora? — pergunta Max.
— Faz muito pouco tempo. Mas a essa altura devem estar bem
distantes.
— Eles podem ter ido pra qualquer lugar. Será que foram pro
centro da cidade? —pergunta Stephanie.
— Podemos ir pra lá. Usando um carro esse é o lugar mais
provável que eles tenham ido. Não custa tentar — diz Max.
— Então partiremos agora! — diz Luke.
— Espera! Não quer que eu saia por aí de pijamas, quer? —
questiona Stephanie.
— Ora, ora... Você andando por aí provavelmente sem sutiã
ou calcinha por baixo... — comenta Max.
— Seu, seu pervertido! — diz Stephanie irritada.
— Então vamos parar de perder tempo e vá se trocar logo!
—Humpf! Vou me trocar porque eu quero e não porque você
mandou, delinquente idiota!
Max e Stephanie voltam aos quartos e se trocam rapidamente.
Max lembra do bilhete que encontrou e mostra aos outros. Luke então arregala os
olhos ao ver o símbolo do envelope.
— Esse! É esse o símbolo que tinha na limusine!
— Essa letra M? Eu também achei estranho e não entendi de
onde era — diz Max.
— Se perceberem bem, essa letra parece até com a do
logotipo da pousada. Mas não é igual.
— E o que diz nesse bilhete? — pergunta Luke, curioso.
Max lê aos dois. Stephanie então comenta:
— Isso parece um aviso ou um enigma. Que misterioso...
— Eu não entendi muita coisa, mas não gostei da parte em
que diz “ O rei dragão sacrificará a terra”. Ou quer dizer que o planeta será
destruído ou então... — Luke pausa e olha para todos.
— Terra é a Karen! Ela é a herdeira da terra. Será que é
por isso que levaram ela? — pergunta Max.
— Pode ser. E essa primeira parte pode estar nos
direcionando ao local onde ela está. É muito estranho alguém enviar algo assim.
Será que pode ser uma armadilha? — pergunta Stephanie.
— Sendo armadilha ou não, eu irei atrás dela — decide Luke
— Vamos tentar entender o que esse bilhete quer dizer e partir logo daqui!
— Pois bem... Eu pensei um pouco e deduzi algumas coisas.
“Vinte e um passos através desse reluzente e belo aposento”. Eu acredito que
ele possa estar tentando relacionar isso com a distância daqui pra algum lugar.
Mas vinte e um passos é um número pequeno... Isso parece apenas simbólico —
comenta Max.
— Talvez seja uma outra medida... quilômetros? — pergunta
Luke.
— Pode ser! Nesse caso eu chamaria meu avô pra nos levar
até lá. O problema é o sinal que está falhando direto.
— Vamos sair? Esse local já tá ficando tenebroso pra mim —
diz Stephanie que já ia seguindo em direção à porta.
Luke nota algo estranho, segura Stephanie e tapa a sua
boca. Max não entende e Luke pede aos dois que façam silêncio. Eles se encostam
na parede e observam com cuidado pela janela. Havia um furgão no local, um
pouco distante dos alojamentos e com o mesmo símbolo visto na limusine e no
bilhete. De dentro dele saem três homens vestidos com coletes. Pareciam fazer
parte de um esquadrão e estavam armados. Eles averiguavam a parte de fora e um
deles faz o sinal de que era pra entrar nos alojamentos. Stephanie se
desespera. Luke tenta acalmá-la e Max diz para seguirem para um dos quartos
imediatamente. Os três estavam suando frio. Se fossem descobertos, quem sabe o
que poderia acontecer.
Dentro do quarto, mesmo muito tensos, eles pensavam em
alguma forma de escapar. Luke sugere que saiam pela janela e que fugissem pela
parte do resort. Stephanie olha na janela e vê que vários homens daquele
esquadrão estavam pelo local. Seria impossível fugir por ali sem ser visto. Os
três homens entram na recepção dos alojamentos e é possível ouvir a voz de um
deles que comenta:
— O local não está intacto. É provável que o tal garoto
tenha sobrevivido ao ‘Momentum’. A ordem é pra eliminá-lo imediatamente. Eu
guardarei a recepção. Vocês dois, um vasculha os quartos do corredor masculino
e o outro do feminino. Não há como ele fugir, já que uma parte do esquadrão
está pela pousada.
— Sim, senhor!
Max entende o motivo daquela bomba ter sido colocada na
recepção. Era um sinal de que alguém estava por aqui. Stephanie estava tão
nervosa que começa a chorar. Max pede a ela para se acalmar. Luke se sente
culpado mais uma vez e diz que estavam procurando por ele e os outros dois
poderiam fugir de algum jeito. Eles tinham a vantagem de não terem sido
detectados. Max então sugere a eles que saiam discretamente pela janela. Luke é
o primeiro e Stephanie vai logo em seguida. Quando é a vez de Max, grades
surgem nas janelas.
— O que é isso? — pergunta Max, surpreso.
Os guardas haviam ativado um mecanismo na recepção para
evitar que o seu alvo fugisse.
— Seu lesado! Você precisa sair daí — diz Luke enquanto
tentava queimar as grades.
— Eu sei que pode ser perigoso, mas temos muito pouco
tempo. Eu irei distraí-los e vocês dois tentem sair discretamente por aqui.
Evitem chamar muita atenção e...
— Qual o seu problema, idiota? Você por acaso quer ser
morto? — pergunta Stephanie.
— Confiem em mim. Se vocês também forem pegos, quem vai
salvar a Karen? Por favor. Meu avô recebeu a mensagem e sabe... — é
interrompido.
— Eu já sei o que farei a seguir. E dá licença, lesado, que
eu sou o líder do grupo. Boa sorte e não vá morrer! Arrume uma forma de nos encontrar depois — diz
Luke.
— Pode deixar. Eu já tenho tudo arquitetado. Vamos resgatar
a Karen e descobrir o que aconteceu com os outros.
— Mas o quê? Você é maluco! Aff... Pelo jeito teremos que
bancar os super heróis outra vez. Vamos lá, né — diz Stephanie.
Luke e Stephanie saem discretamente aproveitando a
escuridão do local. Max percebe que teria que pensar em algo rápido, pois os
guardas logo chegariam ao quarto onde ele estava. Luke vê alguma coisa e
empurra Stephanie. Eles caem atrás de alguns arbustos. Um guarda passa devagar
ao lado do local onde eles estavam abaixados. Ele estava se comunicando com
alguém. Era possível ouvir a voz de quem lhe dava as ordens. Era uma voz
masculina que dizia a eles para deixar o grupo maior rondando pelo local a
madrugada toda e que o principal era pra voltar para a empresa imediatamente,
já que a garota já estava quase chegando. O guarda diz que só iria chamar o
general e já estariam voltando. Luke tem uma ideia. Ele diz a Stephanie para
entrarem no furgão, pois seriam levados ao local onde Karen estava. Ela comenta
que isso era loucura, mas que a garota citada pela voz podia ser mesmo Karen. Luke diz que poderiam ao menos tentar e que
no momento o mais importante era encontrá-la. Stephanie então pergunta se ele
estava gostando de Karen, pois era o que parecia. Luke fica envergonhado e diz
que eles precisavam ir. Os dois conseguem entrar no furgão e se escondem
debaixo de uma lona.
Alguns minutos depois e uns três guardas entram dentro do
furgão. Um deles era o que estava comandando a invasão dentro dos alojamentos.
Ele comenta que havia sido muito fácil eliminar o garoto e que agora já
poderiam partir para a empresa. Luke e Stephanie ficam impressionados ao ouvir isso. Mas já era tarde. O furgão parte e eles já
estavam sendo levados.
Próximo: Capítulo 32 – Sociedade M.
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