quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Capítulo 30 - Ataque Noturno



Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos. Contém temas sugestivos, linguagem inapropriada, nudez e violência.


               Luke e a garota param de se beijar. Algo estava errado. Ela pergunta se o beijo estava ruim e Luke diz que não, mas que era melhor voltarem para os quartos. A garota vai primeiro e enquanto isso, ele esperaria lá fora por alguns minutos, afinal, seria um problema caso os dois fossem encontrados juntos. Ele escuta um barulho nos arbustos e nota que alguém havia saído dali naquele exato momento.




                Karen corria pelos campos do resort e chorava muito. Ela realmente estava gostando de Luke. Isso já estava mais do que claro. A garota se perguntava o porquê de se apaixonar, já que jamais seria correspondida. E chorava de tristeza de uma forma que partiria o coração de qualquer um.

                —Mas ele não tem culpa. É um garoto bonito e que interessa várias pessoas. Eu sou mais sem graça e... No que eu estava pensando? Que ele iria corresponder... Ás vezes me pergunto se ainda penso estar vivendo em um conto de fadas...
                — Karen — Uma voz estranha e feminina a chama.
                — Essa voz! É a mesma que eu ouvi no sonho que tive agora pouco!
                — Karen!
                — Alguém está me chamando. Eu sinto.

                Karen fica surpresa e ao ouvir mais uma vez, é completamente hipnotizada. Suas pupilas se dilatam completamente e a garota começa a andar, provavelmente, em busca de quem estava a chamando. Algo estava errado naquele lugar. Estranhas luzes começavam a surgir no céu e atingiam o teto dos alojamentos.

                Max acorda e sai para tomar um copo d‘água. O local estava um pouco escuro e o corredor estava sem luz. Ele não entende e tenta procurar algum interruptor. No meio da sua busca ele acaba apalpando algo macio. Pareciam ser seios. E sim, eram. E justamente os de Stephanie. A garota se assusta e acaba caindo por cima dele. No meio da confusão, sua mão acaba indo parar nas “partes baixas” do garoto, que logo expressa “alegria”. Os dois ficam tensos ao se olharem, mas logo ela se levanta e lhe dá um tapa. Ele não parecia se importar muito, e diz a ela que acordou porque estava com sede.

                — E eu com isso? Aposto que devia estar andando por aí procurando fazer algo pervertido, como sempre!
                — Claro que não. Eu realmente estava indo beber água. Aliás, o que você faz aqui?
                — Err... Eu...Eu...Eu estava no banheiro. Mas agora já estou voltando pro quarto!  Não quero que algum professor nos veja aqui e pense que estávamos fazendo algo.
                — Você já pensou... Estamos aqui sozinhos... Dois adolescentes... Hormônios. Que tal colocarmos eles em prova agora? — pergunta Max com um sorriso brincalhão no rosto.
                — Nos seus sonhos! Passar bem, idiota pervertido — diz isso e se retira.

                Max vai até o local onde havia um bebedouro. Ele estranha a escuridão do local. Poucos minutos depois e ele volta o quarto. Ao entrar, se surpreende com o que vê. Não havia mais ninguém em local algum! Todas as camas estavam vazias. Max chama por Pierre e não obtém resposta. Ele vê um bilhete em cima de sua cama e rapidamente lê o que estava escrito.

                “ Os seus dias estarão contados. Vinte e um passos através desse reluzente e belo aposento. No meio de uma grande metrópole existem ruas. A rua rosa e a rua azul. Elas escondem o mais fantástico segredo. O grande e moderno edifício mais alto e mais baixo. Sete para cima, Sete para baixo e Sete onde só aqueles que herdam podem entrar.  Entrar pela frente é um convite à morte. Na pequena e humilde casa dos anciões, encontra-se a chave para chegar nos Sete para baixo. Apresse os seus passos, pois o fim chegará. O rei dragão sacrificará a terra.”

                — O que é isso?

Antes que pudesse pensar, ouve um grito no corredor. O garoto guarda o bilhete e sai imediatamente. Max corre e sabia de quem era aquele grito. Era Stephanie. A garota estava pálida.

                — O que houve?
                — Todo mundo sumiu! — diz a garota com olhar de desespero.
                — Aconteceu no seu quarto também? No meu foi a mesma coisa.
                — Pra onde todos foram? Onde é que estão todos? Estou com medo! — diz Stephanie.
                — Calma. Vamos procurar por algum professor ou responsável pelos alojamentos.
                — Você não reparou algo estranho?
                — O que?
                — Não há sinal de um ser vivo. Não haviam professores nos corredores e nenhum adulto por aqui. É como se estivéssemos sozinhos desde o começo! Será que bandidos entraram aqui e levaram todos?
                — Não acho que seja isso. Eu mal passei cinco minutos fora do quarto. Só se um OVNI apareceu e abduziu todo mundo.
                — Estou preocupada. E se nós formos os próximos a desaparecer?
                — Sinto que precisamos procurar pelo Luke e pela Karen.

                De repente, os dois se assustam com uma risada estranha e macabra. Stephanie grita e começa a correr. Max também estava com medo, mas vai atrás da garota.

                — O que está acontecendo? Parece que estamos num filme de terror. E eu não gosto nem um pouco dessas coisas — pensa Max.
               
Enquanto isso, lá fora...

Luke decide caminhar um pouco. O garoto estava pensativo e sentia que alguém havia visto a cena dele se beijando com a outra garota.

Karen continuava caminhando sem um rumo certo. Ela estava apenas sendo levada por uma misteriosa força que a fazia se aproximar de algo. Já no final da pousada, ela adentra um local afastado e com várias árvores ao redor. Duas pessoas estavam ali. Uma delas era um homem sério. Ele usava uma camiseta social, cabelos arrumados e negros e um olhar de seriedade. Ao ver Karen, ele parece mudar um pouco seu semblante, mas disfarça o máximo que pode. A outra pessoa era uma mulher bonita de cabelos cor de rosa e usando um vestido preto com detalhes cor de rosa. Provavelmente era a cor favorita dela. A mulher estala os dedos e Karen volta ao normal. Ela não lembrava como havia parado ali naquele local e pergunta aos dois se algum deles era a pessoa que a chamava. A mulher responde:

— Não, querida. Porém, devo admitir que você chegou na hora certa.
— Hora certa? — pergunta Karen sem entender nada.

O homem finalmente faz algo. Ele faz um movimento com as mãos e Karen começa a flutuar. No começo ela acha aquilo estranho, porém era uma sensação diferente.

— Quem-Quem são vocês?
— Que coisa feia. Nem nos apresentamos! Então, eu sou Maylu Rosetta.
— Eu me chamo Matheo Carbo. É um prazer conhecê-la.
— Ora, ora... Não me diga que...  — olhando para Matheo e reparando que ele estava um pouco corado — Melhor ficar caladinha — comenta Maylu.
— Eu me chamo Karen. Vocês são de onde?

Karen começa a ser levada para próximo de Matheo.

— Queremos construir um novo mundo. Junte-se a nós — estende a mão.

Ela nota um certo olhar de tristeza no fundo dos olhos dele e escuta uma voz. Era Luke! Ele aparece bem na hora e não gosta nada de ver o que estava acontecendo.

— Quem são vocês e o que pensam que estão fazendo com essa garota?
— Luke! — diz Karen, surpresa.
— Ele é seu namorado? — pergunta Maylu.

Os dois se envergonham. Luke diz que não, mas que ela era uma amiga importante e ele não deixaria que fizessem nada com ela.

— Ah... É mesmo? Carbo... Acho que esse garoto não tem noção nenhuma de quem somos.
— Não entendo como ele está aqui! O Momentum deveria ter funcionado perfeitamente. Será que errei algum cálculo... Droga!
— O que está falando? Soltem essa garota agora — diz Luke já acendendo chamas em seus punhos.
— Carbo... Eu queria brincar com esse gatinho, mas nós temos que voltar. Tudo depende de tempo hoje.
— Entendo...

Carbo usa uma técnica estranha e algo muda ao redor de Luke. Tudo parece mais pesado e ele cai. O garoto tenta se levantar e não conseguia. Era como se a gravidade ao seu redor aumentasse muito mais.

— Luke! — grita Karen.

Maylu estala os dedos e a garota volta ao estado hipnotizado. Luke tenta fazer o que pode para se levantar, mas estava muito difícil. Ele nota que só podia ser ela a pessoa que o viu beijando a outra garota e se sente um pouco culpado, pela primeira vez em sua vida, se tratando do sentimento de uma mulher. Enquanto ele tentava se levantar, Maylu e Matheo já estavam levando Karen para dentro de uma luxuosa limusine. Luke grita por ela, mas já era tarde demais. O carro já havia deixando o local.


Próximo: Capítulo 31 – Operação Resgate!

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