Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos. Contém temas sugestivos, linguagem inapropriada, nudez e violência.
Luke
e a garota param de se beijar. Algo estava errado. Ela pergunta se o beijo
estava ruim e Luke diz que não, mas que era melhor voltarem para os quartos. A
garota vai primeiro e enquanto isso, ele esperaria lá fora por alguns minutos,
afinal, seria um problema caso os dois fossem encontrados juntos. Ele escuta um
barulho nos arbustos e nota que alguém havia saído dali naquele exato momento.
Karen corria pelos campos do
resort e chorava muito. Ela realmente estava gostando de Luke. Isso já estava
mais do que claro. A garota se perguntava o porquê de se apaixonar, já que
jamais seria correspondida. E chorava de tristeza de uma forma que partiria o
coração de qualquer um.
—Mas ele não tem culpa. É um
garoto bonito e que interessa várias pessoas. Eu sou mais sem graça e... No que
eu estava pensando? Que ele iria corresponder... Ás vezes me pergunto se ainda
penso estar vivendo em um conto de fadas...
— Karen — Uma voz estranha e
feminina a chama.
— Essa voz! É a mesma que eu
ouvi no sonho que tive agora pouco!
— Karen!
— Alguém está me chamando. Eu
sinto.
Karen
fica surpresa e ao ouvir mais uma vez, é completamente hipnotizada. Suas
pupilas se dilatam completamente e a garota começa a andar, provavelmente, em
busca de quem estava a chamando. Algo estava errado naquele lugar. Estranhas
luzes começavam a surgir no céu e atingiam o teto dos alojamentos.
Max acorda e sai para tomar um
copo d‘água. O local estava um pouco escuro e o corredor estava sem luz. Ele
não entende e tenta procurar algum interruptor. No meio da sua busca ele acaba
apalpando algo macio. Pareciam ser seios. E sim, eram. E justamente os de
Stephanie. A garota se assusta e acaba caindo por cima dele. No meio da
confusão, sua mão acaba indo parar nas “partes baixas” do garoto, que logo
expressa “alegria”. Os dois ficam tensos ao se olharem, mas logo ela se levanta
e lhe dá um tapa. Ele não parecia se importar muito, e diz a ela que acordou
porque estava com sede.
— E eu com isso? Aposto que
devia estar andando por aí procurando fazer algo pervertido, como sempre!
— Claro que não. Eu realmente
estava indo beber água. Aliás, o que você faz aqui?
— Err... Eu...Eu...Eu estava no
banheiro. Mas agora já estou voltando pro quarto! Não quero que algum professor nos veja aqui e
pense que estávamos fazendo algo.
— Você já pensou... Estamos aqui
sozinhos... Dois adolescentes... Hormônios. Que tal colocarmos eles em prova
agora? — pergunta Max com um sorriso brincalhão no rosto.
— Nos seus sonhos! Passar bem,
idiota pervertido — diz isso e se retira.
Max vai até o local onde havia
um bebedouro. Ele estranha a escuridão do local. Poucos minutos depois e ele
volta o quarto. Ao entrar, se surpreende com o que vê. Não havia mais ninguém
em local algum! Todas as camas estavam vazias. Max chama por Pierre e não obtém
resposta. Ele vê um bilhete em cima de sua cama e rapidamente lê o que estava
escrito.
“ Os seus dias estarão contados.
Vinte e um passos através desse reluzente e belo aposento. No meio de uma
grande metrópole existem ruas. A rua rosa e a rua azul. Elas escondem o mais
fantástico segredo. O grande e moderno edifício mais alto e mais baixo. Sete
para cima, Sete para baixo e Sete onde só aqueles que herdam podem entrar. Entrar pela frente é um convite à morte. Na
pequena e humilde casa dos anciões, encontra-se a chave para chegar nos Sete
para baixo. Apresse os seus passos, pois o fim chegará. O rei dragão
sacrificará a terra.”
— O que é isso?
Antes que pudesse pensar, ouve um grito no corredor. O
garoto guarda o bilhete e sai imediatamente. Max corre e sabia de quem era
aquele grito. Era Stephanie. A garota estava pálida.
— O que houve?
— Todo mundo sumiu! — diz a
garota com olhar de desespero.
— Aconteceu no seu quarto
também? No meu foi a mesma coisa.
— Pra onde todos foram? Onde é
que estão todos? Estou com medo! — diz Stephanie.
— Calma. Vamos procurar por
algum professor ou responsável pelos alojamentos.
— Você não reparou algo
estranho?
— O que?
— Não há sinal de um ser vivo.
Não haviam professores nos corredores e nenhum adulto por aqui. É como se
estivéssemos sozinhos desde o começo! Será que bandidos entraram aqui e levaram
todos?
— Não acho que seja isso. Eu mal
passei cinco minutos fora do quarto. Só se um OVNI apareceu e abduziu todo
mundo.
— Estou preocupada. E se nós
formos os próximos a desaparecer?
— Sinto que precisamos procurar
pelo Luke e pela Karen.
De repente, os dois se assustam
com uma risada estranha e macabra. Stephanie grita e começa a correr. Max
também estava com medo, mas vai atrás da garota.
— O que está acontecendo? Parece
que estamos num filme de terror. E eu não gosto nem um pouco dessas coisas —
pensa Max.
Enquanto isso, lá fora...
Luke decide caminhar um pouco. O garoto estava pensativo e
sentia que alguém havia visto a cena dele se beijando com a outra garota.
Karen continuava caminhando sem um rumo certo. Ela estava
apenas sendo levada por uma misteriosa força que a fazia se aproximar de algo.
Já no final da pousada, ela adentra um local afastado e com várias árvores ao
redor. Duas pessoas estavam ali. Uma delas era um homem sério. Ele usava uma
camiseta social, cabelos arrumados e negros e um olhar de seriedade. Ao ver
Karen, ele parece mudar um pouco seu semblante, mas disfarça o máximo que pode.
A outra pessoa era uma mulher bonita de cabelos cor de rosa e usando um vestido
preto com detalhes cor de rosa. Provavelmente era a cor favorita dela. A mulher
estala os dedos e Karen volta ao normal. Ela não lembrava como havia parado ali
naquele local e pergunta aos dois se algum deles era a pessoa que a chamava. A
mulher responde:
— Não, querida. Porém, devo admitir que você chegou na hora
certa.
— Hora certa? — pergunta Karen sem entender nada.
O homem finalmente faz algo. Ele faz um movimento com as
mãos e Karen começa a flutuar. No começo ela acha aquilo estranho, porém era
uma sensação diferente.
— Quem-Quem são vocês?
— Que coisa feia. Nem nos apresentamos! Então, eu sou Maylu
Rosetta.
— Eu me chamo Matheo Carbo. É um prazer conhecê-la.
— Ora, ora... Não me diga que... — olhando para Matheo e reparando que ele
estava um pouco corado — Melhor ficar caladinha — comenta Maylu.
— Eu me chamo Karen. Vocês são de onde?
Karen começa a ser levada para próximo de Matheo.
— Queremos construir um novo mundo. Junte-se a nós —
estende a mão.
Ela nota um certo olhar de tristeza no fundo dos olhos dele
e escuta uma voz. Era Luke! Ele aparece bem na hora e não gosta nada de ver o
que estava acontecendo.
— Quem são vocês e o que pensam que estão fazendo com essa
garota?
— Luke! — diz Karen, surpresa.
— Ele é seu namorado? — pergunta Maylu.
Os dois se envergonham. Luke diz que não, mas que ela era
uma amiga importante e ele não deixaria que fizessem nada com ela.
— Ah... É mesmo? Carbo... Acho que esse garoto não tem
noção nenhuma de quem somos.
— Não entendo como ele está aqui! O Momentum deveria ter
funcionado perfeitamente. Será que errei algum cálculo... Droga!
— O que está falando? Soltem essa garota agora — diz Luke
já acendendo chamas em seus punhos.
— Carbo... Eu queria brincar com esse gatinho, mas nós
temos que voltar. Tudo depende de tempo hoje.
— Entendo...
Carbo usa uma técnica estranha e algo muda ao redor de
Luke. Tudo parece mais pesado e ele cai. O garoto tenta se levantar e não
conseguia. Era como se a gravidade ao seu redor aumentasse muito mais.
— Luke! — grita Karen.
Maylu estala os dedos e a garota volta ao estado
hipnotizado. Luke tenta fazer o que pode para se levantar, mas estava muito
difícil. Ele nota que só podia ser ela a pessoa que o viu beijando a outra
garota e se sente um pouco culpado, pela primeira vez em sua vida, se tratando
do sentimento de uma mulher. Enquanto ele tentava se levantar, Maylu e Matheo
já estavam levando Karen para dentro de uma luxuosa limusine. Luke grita por ela, mas já era
tarde demais. O carro já havia deixando o local.
Próximo: Capítulo 31 – Operação Resgate!
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