domingo, 30 de setembro de 2012

Capítulo 23 - Atentado ao Mall Diem

Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos. Contém temas sugestivos, linguagem inapropriada, nudez e violência.

                As pessoas ao redor do local estavam horrorizadas com aquelas palavras e nada entendiam. Karen permanecia parada e mal conseguia dizer algo. Sam percebe a sua estranha reação e pergunta se a amiga estava bem.

                — Sim... Está tudo bem... Acho... Ei, Sam! Aqui está muito perigoso e acho melhor nós duas voltarmos pra nossas casas. Só que eu preciso passar em um lugar primeiro. Volte imediatamente e depois a gente se fala, certo?
                — Karen! Espera!




                Karen havia corrido para bem longe dali. Ela se esconde em um beco e liga para Max.

                — Alô! Max? Aqui é a Karen! O Dark4 invadiu o shopping central e estão ameaçando explodir várias bombas caso não estejamos lá daqui uma hora! O que faremos? — a garota termina a pergunta e começa a chorar desesperada.
                — Calma Karen, não chore. Eu vi tudo pela TV e todos nós já estamos indo aí te encontrar. Fique bem quietinha e fale mais ou menos a sua localização.

                Karen é encontrada no beco alguns minutos depois. Luke corre até a garota e tenta acalmá-la. Stephanie também estava tensa e não conseguia esconder isso.  Marco se aproxima de Karen e vê que ela estava muito triste.

                — Querida, fique calma. Tudo bem que o Gerard nos pegou de surpresa, mas você aprendeu muitas coisas durante esses dias, certo?
                — Sim... Mas estou com medo. Sinto que ainda estou fraca e despreparada...
                — Não diga isso, Karen. O que conversamos ontem na volta pra casa? Vamos acreditar em nós mesmos agora e derrotar esses quatro impostores! Você não estará sozinha nessa! Pode contar comigo — diz Luke.
                — E comigo também! — Max aparece e se aproxima da garota, deixando Luke um pouco irritado — Você é capaz!
                — Ei... Eu não estava muito interessada e por mim nem estaria aqui, mas isso é sério e se ficarmos por aqui, esses ridículos vão matar muita gente e virão atrás de nós. Não acredito que estou dizendo isso... Levante-se  e confie mais em si mesma! — diz Stephanie.
                — Ora, ora... Até a Stephanie está dando força... Depois dessa eu me levantava e corria pra dar um abraço nela se fosse você, Karen — brinca Max.
                — Quem é que está dando força o quê, idiota? E se você viesse me abraçar, ia levar um belo tapa na sua cara — responde Stephanie.

                Karen enxuga suas lágrimas e sorri. Luke ajuda a garota a se levantar. Alguns minutos se passam e os quatro já estavam vestidos com roupas especias, criadas por Marco e um comunicador. Eram justas e de um material bem resistente. Luke comenta que pareciam heróis, literalmente. A roupa de todos era preta com listras nas laterais representando a cor do elemento de cada um. Marco então explica tudo.

                — Só há uma maneira de entrar no shopping sem passar por aquela barreira. Eu conheço uma passagem dentro de uma loja de conveniência aqui perto. Lá vocês atravessarão um túnel no subsolo e chegarão ao estacionamento. Eu estarei sempre me comunicando com vocês pra ajudá-los.  O Gerard realmente não cumpriu sua palavra e nos surpreendeu com essa armadilha. Mesmo que não tenham feito o aperfeiçoamento, acredito que serão capazes! Tomem muito cuidado, dêem o melhor de si nessa e mostre quem são os herdeiros alfa!
                — E como é que sabe de tudo isso, velhote? — pergunta Luke.
                — Criança... Você não tem noção da quantidade de coisas que eu sei...

                Quando estavam saindo do local, algo inesperado acontece. Samantha aparece e vê todos os quatro. Karen não sabia o que dizer. A garota corre até a amiga e pergunta o que estava acontecendo.

                — Sam... Eu... Bem, eu gostaria de poder te contar tudo. Só que nesse momento isso não é possível... Nos veremos logo e marcaremos outra saída como essa, certo?
                — Mas Karen... Eu estou preocupada com você e...
                — Agora a amiguinha vai vir aqui ficar correndo atrás da outra? Por favor... o nosso tempo é curto! —diz Stephanie.
                — Não se preocupe, Sam. Logo depois explicaremos melhor. A Karen deve querer falar isso bem mais do que todos nós. Confie nela e logo entenderá — diz Max.
                — Certo... Então quer dizer que vocês quatro são as pessoas que a voz disse pra entrar dentro do shopping... Bem, eu não sei o que vão fazer e me parece perigoso, mas acredito que vocês conseguirão! Boa sorte! Karen, esperarei aqui fora por você e todos os outros — Sam sorri e se despede com um forte abraço em sua amiga.
                — Obrigada! Nos vemos em breve!

                Dito isso, os quatro vão até a loja de conveniência e Marco mostra a eles um elevador dentro da dispensa. Só era possível descer de dois em dois. Luke e Karen são os primeiros e enquanto isso, os outros esperavam.

                — Como está o seu coração nesse momento? — Max pergunta a Stephanie.
                — Meu coração? Eu sei lá! Estou nervosa e acho que louca também de estar nessa!
                — Que situação mais interessante essa do elevador. Um casal por vez — provoca Marco.
                — Que absurdo! Por acaso você acha que eu e esse seu neto idiota temos alguma coisa? Sonhe!
                — Só brincando pra descontrair um pouco. Apesar de estarmos em um momento crítico, devemos saber quando manter o bom humor — responde Marco.
                — Vovô... Eu quero... Um abraço seu agora!

                Max abraça o seu avô. Ele entende os sentimentos do neto e sentia seu coração atravessado por algo ao imaginar que ele poderia não voltar. O elevador retorna e então os dois entram. Marco respira fundo e uma lágrima escorre rapidamente em seu rosto. Logo após isso, se concentra, pois a operação “Vs.Dark4” havia acabado de começar.

                Stephanie e Max finalmente chegam e encontram Luke e Karen. Os quatro começam a caminhar juntos pelo subsolo escuro e Marco entra em contato para fazer mais um teste de comunicação. Ele diz a todos para ficarem atentos e não saírem de perto um do outro. Luke encontra os elevadores e a escada. Marco aconselha a não usar os elevadores, pois detectou que existem bombas dentro de cada um. Os quatro sobem as escadas cautelosamente e saem perto dos banheiros. Stephanie têm a sensação de ouvir alguém ali perto, se assusta e acaba esbarrando em Luke. O garoto acaba chegando perto demais de Karen por conta disso. Os dois se olham face a face e ele logo se afasta. Marco pergunta se estava tudo bem e Max confirma que sim.

                Alguns minutos depois e eles chegam à ala central do shopping. Essa parte tinha um enorme teto de vidro e era cheia de fontes e plantas. Parecia até uma estufa. O local estava completamente vazio e assustador. Silêncio total e o clima estava ficando cada vez mais tenso. De repente, uma risada assustadora é transmitida pelos auto-falantes do shopping e todos se assustam muito. Os vidros de proteção do primeiro andar são completamente destruídos e o chão começa a tremer.  Luke segura a mão de Karen para que os dois não se separassem e a garota corresponde segurando muito forte. Ele nota que ela estava muito nervosa. Max nota que um cipó gigante estava prestes a atacar os dois. Era tarde demais para avisá-los. O garoto não percebe e é atingido por um. Ele é então jogado para bem longe. Stephanie sobe as escadas rolantes para fugir dos tremores e chega ao primeiro andar. Ela conseguia ver Karen e Luke fugindo dos ataques, mas não sabia onde Max estava. A garota sente uma forte ventania inversa a puxando para dentro de uma grande loja e só para quando esbarra numa enorme estante de livros.

                Enquanto isso, Luke e Karen fugiam para o lado inverso. Ele procura uma forma de saírem daquele local e vê um elevador aberto. Não havia escadas ali e se continuassem ali embaixo, morreriam. Ele então não vê outra escolha e entra no elevador. Porém, Karen estava sendo puxada por um cipó.

                — Luke... Eu não estou conseguindo me soltar...!
                — Eu vou te ajudar — diz isso e acende chamas.

                Ele tenta jogá-las no cipó, mas erra a mira. Karen estava sendo puxada com mais força e o garoto já não estava mais aguentando. O elevador estava prestes a fechar e ainda havia o risco de ser um dos “premiados” com uma bomba.  Uma risada é ouvida nos alto-falantes do elevador e logo em seguida, alguém começa a falar.

                — O que acha que vai ganhar puxando essa garota? Ela vai morrer de qualquer jeito... Se você soltá-la... Ela vai lutar até a morte. Se você continuar segurando-a, eu fecharei o elevador e ela ficará presa entre as portas.
                — Essa voz... Desgraçado! — grita Luke.
                — Decida-se... Estarei te esperando aqui. Prepare-se para o fim!

                Luke não sabia o que fazer. Ele não queria soltar a mão de Karen de jeito nenhum, porém, o elevador logo fecharia e ela poderia morrer.

                — Luke... Me solta...
                — Nunca! Eu disse que estaria do seu lado, não foi? Não posso fazer algo tão maluco assim!
                — Me solta... Por favor!
                — Prefiro perder a minha vida do que fazer isso!
                — Me solta! — Karen grita — Eu não quero que você perca a sua vida! Porque todos nós iremos lutar juntos e sobreviveremos! Não é por isso que estamos lutando? Então por favor... Me solte agora. Estou te implorando. Não precisa se sentir culpado... É um desejo meu!
                — Karen... — diz Luke totalmente surpreso.
                — Vai ficar tudo bem. Salve a sua vida. Acho que é a hora de eu enfrentar um dos meus medos. Espero que nos vejamos logo!
                — Não, Karen! — grita Luke.

                O elevador faz o sinal que ia se fechar e Luke acaba soltando Karen. Tudo o que ele podia ver era ela sendo puxada fortemente para bem longe. O garoto cai de joelhos no chão do elevador, que subia muito rápido para o último andar.

                Stephanie sente uma forte dor e nota que estava dentro de uma enorme livraria. Ela se levanta, observa o local e seus olhos mudam de uma expressão cautelosa para irritada assim que ela vê alguém. Janet estava sentada tomando chá e segurando um livro.

                — Ora, ora... Vejo que a minha convidada é você, plebeia. Não quer tomar um chá?
                — Não, obrigada! Não me sento à mesa com uma desqualificada como você... E não estou aqui para brincar!
                — Quanta falta de educação e elegância — a garota se levanta, fecha o livro e o coloca na mesa — Vejo que está na hora de ensinar boas maneiras e colocá-la em seu devido lugar!


Próximo: Capítulo 24 – Sakura do Vento e a Estufa da Morte

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