domingo, 30 de setembro de 2012

Capítulo 22 - Treinamento Alfa

Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos. Contém temas sugestivos, linguagem inapropriada, nudez e violência.


Havia um enorme salão escondido dentro do apartamento de Marco. Era impossível acreditar que um lugar como aquele caberia ali dentro. As paredes eram revestidas de um material prateado, havia uma sala de comando e alguns equipamentos espalhados.

—Vovô! Eu nunca imaginei que existisse um lugar desse no seu apartamento! — diz Max surpreso.
— É uma herança do meu antigo local de trabalho. Eu criei essa sala aqui porque sabia que esse dia chegaria. Começaremos o treinamento agora mesmo!
— O quê? Eu pensei que só mostraria essa sala pra gente e começaríamos isso só amanhã! —reclama Stephanie.
— Vocês estão totalmente recuperados por conta daquelas ervas especiais. Sem elas, demorariam sete dias ou mais pra se recuperarem. Não podemos desperdiçar nenhum segundo. O Dark4 está em um nível bem acima de vocês e não estão brincando. Eles não descansarão até matar cada um de vocês.



— Aliás, eles nos disseram que eram os verdadeiros herdeiros alfa. É verdade? — pergunta Karen.
—Nunca! Aquilo é algo que o maldito do Gerard colocou na cabeça deles. Eles acham que vocês são uma ameaça porque querem roubar o “título” que acreditam ser deles. Mas o Gerard sabe da verdade. Esse desafio dele é pra definir tudo. Mas, deixando isso de lado, façam o seguinte.  Coloquem essas pulseiras e concentrem todo o poder de vocês. Eu irei até a cabine checar algumas coisas.

Os quatro então fazem o que Marco havia pedido e ele checa algumas informações em seu computador. Aquelas pulseiras conseguiam medir o nível de poder e classificá-los quanto à vários parâmetros. Marco então vai falar com eles.

— Max, você é o que conseguiu controlar melhor o seu poder. Luke, você precisa controlar mais a intensidade do seu. Eu constatei vários picos divergentes.
— Picos o quê? Tch... Por acaso tá querendo insinuar que esse idiota aqui é melhor? — pergunta Luke.
— Não estou dizendo isso. Só que precisamos treinar mais o seu controle. Stephanie, eu notei que sua instabilidade emocional afeta o uso dos seus poderes. Precisamos mudar isso. E Karen, você iremos trabalhar para que você desenvolva mais as suas habilidades, certo?
— Certo... — responde a garota um pouco triste.

Marco explica que precisarão de preparo físico e dá um tempo para que eles vestissem roupas apropriadas, criadas por ele.  Quando todos estavam prontos, ele pede que eles corram de forma moderada durante vinte minutos. Stephanie acha aquilo um absurdo e diz que não faria. Luke e Max corriam com muita vontade. Parecia até que estavam competindo um com o outro. Karen se esforçava como podia, mas logo estava cansada.  Marco senta ao lado de Stephanie para conversar com ela.

— Eu não gosto de ficar correndo! Mas não quer dizer que sou uma sedentária. Eu gosto de dançar. Faço até parte de um grupo de dança na escola.
— É mesmo? Interessante... Bem, se você cooperar com o treinamento direitinho, pode ser capaz de desenvolver a lendária ‘Dança da Sakura do Vento’.
— O que é isso?
— É um poder especial que os herdeiros do vento conseguem executar. O que acha?
— Não é como se eu estivesse tão interessada em ajudar vocês, mas farei a minha parte pra aprender essa dança.
— Perfeito!

Eles continuaram fazendo mais alguns exercícios e Marco encerra o treinamento. Max vai até seu avô e comenta algo.

— Vovô. Eu me decidi e quero desenvolver as minhas habilidades baseadas em golpes.

Luke estava ouvindo tudo e rebate.

— Essa ideia é minha! Porque quer fazer o mesmo?
— Calma, calma. Vocês dois vão desenvolver golpes de estilos diferentes.

Enquanto isso, Karen estava um pouco desanimada. Ela sabe que precisaria desenvolver mais as suas habilidades. Sabrina não lidava apenas com as plantas. Ela tinha dons que envolviam a própria terra e isso a deixava pensativa. Marco  então diz a todos para irem pra casa descansar que no dia seguinte buscaria eles na frente da escola. Quando estava sozinho, Marco sorri, pois já sabia que tipo de treinamento cada um precisava.

Luke chega em casa e sua mãe nota que algumas partes da sua roupa estavam sujas e rasgadas.
— O que aconteceu hein, Luke?
— Nada não... Só um acidente.
— Deve ser mais uma briga dele, não é? —pergunta Lays.
— Tch... Mulheres deveriam se preocupar com outras coisas, não é? Olhem só pra essa casa. Não tá precisando de uma limpeza? — Luke diz isso e sai correndo pro seu quarto.
— Ora seu machista! — diz a irmã.

Ele estava feliz de ver que a sua família estava bem e imaginava como seria o treinamento. Ele não queria ser humilhado por Sato outra vez.

Stephanie chega em sua casa e seus pais estavam preocupados pelo horário que a filha estava chegando e por ver que suas roupas estavam sujas. Ela diz que estava tudo bem e que iria descansar, pois no dia seguinte iria sair novamente. A mãe dela, uma mulher muito bonita, loira de cabelos curtos e vestida de um jeito bem descolado e elegante, comenta com o marido se a filha já tinha arrumado um namorado. Ele diz que nem queria pensar sobre isso e que o problema poderia ser outro.

A mãe de Karen a recebe em casa e nota que a garota estava bem desanimada.

— O encontro não foi bom, querida?
— Ah... Foi sim! Só estou um pouco cansada, certo?

Dito isso, a garota sobe e vai tomar um banho.

Max chega em sua casa e entra ‘de fininho’. Porém, seu pai estava na sala. O nome era Richard Cavallini. Ele era muito sério e trata Max friamente, porém o questiona sobre algo.

— Soube que aquele seu avô já está na cidade — diz enquanto lia um livro.
— Eu já sei disso faz um tempão.
— Já está andando com ele por aí? Você sabe que não gosto disso! Ele não é uma boa influência pra você e espero que isso não afete as suas notas da escola e seu comportamento.
— Certo, pai...

Dito isso, Max vai até o seu quarto e suspira. Mas resolve não perder tempo pensando na sua péssima relação com seu pai e decide então pesquisar alguns estilos de luta na internet.

“Os dias foram passando e o treinamento foi acontecendo. No começo tivemos vários altos e baixos, mas íamos aprendendo e superando os desafios. Aqueles poucos dias foram muito bons. Apesar de tudo, estávamos convivendo mais uns com os outros. Meu avô estava feliz em ver que além dos poderes, estávamos começando a desenvolver um ‘espírito de equipe’. Na escola, estranharam o nosso desaparecimento. E mais, o quarteto Dark4 também havia desaparecido. Sam enviava mensagens à Karen todos os dias, pois estava preocupada com a ausência da amiga. Pierre me ligou perguntando onde eu estava também. Era triste não poder dizer pra eles o que estávamos fazendo e que arriscaríamos nossas vidas. Infelizmente existia a possibilidade de nunca mais os vermos caso não fóssemos páreos para o Dark4.
Finalmente, o sexto dia de treinamento terminou e o vovô disse que no dia seguinte faríamos o aperfeiçoamento das técnicas. Seria o dia mais importante do nosso treinamento. Ele então nos recomendou ir à escola para que não ficasse mais suspeito ainda e que passássemos um tempo com nosso amigos após a aula. Iríamos nos encontrar à noite no apartamento dele. Acontece que nem tudo saíria como o planejado... “

 Nesse mesmo dia, Karen e Luke vão embora juntos. No início, os dois estavam calados e Luke não entendia o motivo daquele silêncio. Ele pensa em quebrar o gelo, porém Karen o faz.

— Luke... Estou com um pouco de medo...
— Medo? Mas... Por quê?
— Estou com medo de não ser páreo para o Dark4. Eles são bem fortes, e sinto que meus poderes precisam ser mais desenvolvidos. Não estou conseguindo usar as técnicas direito ainda...
— Não se preocupe. Amanhã você vai terminar de desenvolvê-los e está dando o melhor de si. Acredito em você. Todos nós venceremos o Dark4 juntos, certo?
— Certo! — Karen sorri.

Luke fica envergonhado ao observá-la  e quase tropeça na calçada. Os dois dão risadas juntos. Que sensação agradável era aquela que ambos começavam a sentir em seus corações? Karen já sabia o que era, porém Luke, ainda nem imaginava o que podia ser.

No dia seguinte, todos faziam perguntas aos quatro, que tinham que inventar motivos para o desaparecimento.  Samantha conversa com Karen e diz que estava muito preocupada.

— Ei, Sam... O que acha de uma volta depois da aula?
— Uma volta? Ah... Você quer sair? Claro! As coisas estão sob controle no clube, então não vejo problema algum em sairmos. Vai ser divertido!

Já era quase noite e as duas amigas se divertiam em algumas lojas da cidade. Karen estava curtindo muito aquele momento e de repente tem uma estranha sensação ao olhar para sua amiga. Seria aquela a última vez que estaria vendo o sorriso dela? Era tudo muito estranho.

De repente, as duas notam que havia um grande alvoroço ali por perto. Uma mulher que estava correndo desesperada esbarra em Karen e as duas perguntam a ela o que estava acontecendo. A mulher diz que haviam invadido o maior shopping da cidade e que por meio de mágica, criaram uma barreira. Karen e Sam estavam próximas ao local. Até o exército estava lá, mas nada conseguiam fazer. Os tanques eram completamente destruídos assim que tentavam ultrapassar a barreira criada ao redor do shopping. Uma voz é ouvida das caixas de som externas do local. Karen reconhece a voz. Era Gerard!

— Surpresa! Meus garotos estavam entediados e resolvemos começar o jogo mais cedo. Espero que os nosso quatro convidados cheguem logo. Caso não se apresentem em uma hora, todas as bombas que colocamos em vários pontos da cidade explodirão e vocês serão caçados até a morte.


Próximo: Capítulo 23 – Atentado ao Mall Diem

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