quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Capítulo 18 - Um Encontro Romântico?


Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos. Contém temas sugestivos, linguagem inapropriada, nudez e violência.




Karen sorri e aceita o convite. Os dois combinam um horário e vão embora juntos. Max estava muito empolgado com isso. Stephanie e Luke se sentem extremamente incomodados com a situação.

—Eu nem sei o que estou fazendo aqui. Era melhor nem ter ouvido essa conversa! Porque estou me sentindo tão incomodada agora? Nem me importa que esses dois saiam! Eu talvez saia esse dia também. Espero nem me deparar com eles por lá —pensa Stephanie e logo depois vai embora.

Luke ainda estava encostado no muro. Nesse momento ele sentia mais raiva de Max e não entendia o motivo. Ele não entendia como o seu “rival” conseguia se aproximar de Karen tão facilmente e ele não. Luke sempre conseguiu conversar com qualquer garota, já que era bem mulherengo. Por que com Karen era diferente? O que ela tinha de tão especial que o deixava naquele estado? Ele prefere não pensar mais nisso e decide ligar para uma garota da sua lista de contatos.




—Diana. Aqui é o Luke! O que acha de nos encontrarmos hoje a noite na praça da cidade? Sim, estou completamente livre. Então, te encontro por lá às sete. Até!

Feito isso, o garoto vai até sua casa primeiro. Chegando lá, é recebido por sua mãe, Sora Carvalho. Era uma mulher até jovem e de cabelos castanhos e encaracolados. Não se parecia muito com Luke, a princípio.

—Luke! Chegou cedo hoje, filho...
— É mãe, mas eu já já saio. Só passei pra tomar um banho e trocar de roupa.
— Vai pra um daqueles seus encontros pegar mais uma? — pergunta a sua irmã enquanto assistia televisão.
—Não enche, Lays! Acho que você deveria é procurar alguém pra te “acalmar”.
— Ora, ora... Não fale assim com a sua irmã! Ela é uma mocinha e você deve respeitá-la, ainda mais sendo o mais velho. Quer que a mamãe te dê um corretivo, Lukezinho?
— Não! Odeio quando você me chama de ‘Lukezinho’.  Tá bem, me desculpa sua chata, com esse humor você não vai arrumar ninguém —diz Luke a sua irmã.
— Ora seu!

Luke sai correndo e ri enquanto sobe as escadas. Sora sorri para Lays e diz que Luke realmente não mudou nada e é muito parecido com o pai dele quando era jovem. Lays fica um pouco pensativa e diz que apesar de Luke não ser um exemplo de perfeição, que ela gosta muito do irmão.

—Garanto que ele sente o mesmo por nós, filha. Agora vamos preparar juntas algo pra jantar?

Naquela noite, na praça da cidade, Luke se distrai com Diana e os dois se beijam. A garota o achou diferente do de costume e pergunta se algo errado estava acontecendo. Ele respondeu que não era nada, e que era melhor os dois curtirem o momento e esquecerem de tudo. Ela não acredita muito no que ele dizia, porém não tocou mais no assunto.

Alguns dias se passaram e os quatro novos alunos iam se mesclando mais ao meio escolar. O fim de semana então chega.

Karen se arrumava em casa e sua mãe entra em seu quarto. Seu nome era Mary. Ela sabia que a filha iria sair com um garoto e dá várias dicas para ela. Karen estava muito envergonhada e diz que os dois eram apenas amigos.

—Mas é assim que começa, filha. Eu e seu pai começamos saindo como amigos. E veja só onde estamos hoje.

O pai de Karen, Luigi, estava bem “pra baixo” essa manhã. Karen pergunta o que havia acontecido.

—Filha... Você está crescendo... É que o papai não quer te perder pra um marmanjo...
—Calma, pai. Ele é só meu amigo. Não estamos namorando nem nada. Assim vocês estão me deixando tão envergonhada que eu estou até com medo de ir.
— Querido, não assuste a Karen! Filha, fique calma. É normal na idade de vocês ficar tão preocupado com um encontro. Se divirta com seu “amigo” —diz a mãe de Karen dando risadinhas.

Karen chega ao local de encontro um pouco mais cedo e nota que Max ainda não estava ali. Ela estava tensa e seu coração palpitava de forma  acelerada. Será que Max gostava dela? E se ele a pedisse em namoro? De repente, Max vem correndo na direção dela e a cumprimenta.

— Desculpe pelo atraso. Eu perdi a hora, mas o que importa é que cheguei, não é? Agora vamos lá! —dizia Max num tom bastante animado.

Ele nunca tinha visto Karen usando outra roupa além do uniforme da escola e vê que ela estava bonita. Ela usava roupas bem comportadas e para a tristeza do garoto, nada de decotes.

—Pare de pensar essas coisas!—pensava Max — A Karen é uma menina comportada e é sua amiga. Segura o pensamento!

Karen apenas ria e já estava começando a se sentir mais confortável. Uma garota com óculos e chapéu estava observando os dois. Era Stephanie. De repente, ela esbarra com Luke, que parecia estar observando também.

—O que diabos você está fazendo aqui? —perguntam os dois ao mesmo tempo.
—Não interessa. Só estava de passagem! Já você, toda disfarçada... Estaria espiando aqueles dois? —pergunta Luke.
—Não é como se eu estivesse interessada nisso ou algo do tipo! Só estava passando por aqui e os vi.
— Sei. Não é o que parece.
—E você? Como sabia que os dois estavam aqui se encontrando?
—E-Eu... Fica na sua, patricinha. Não te devo satisfação mesmo.
— Eu sabia. Você também está aqui para ver o que vai acontecer, não é?
— Também? Então você acaba de assumir que está aqui pra isso.
—Droga! —pensa Stephanie —De qualquer forma, isso prova que nós dois ouvimos a conversa entre eles aquele dia!
—Certamente.
—Bem, agora que já estamos aqui... Eu irei continuar observando até onde esses dois vão. Estou fazendo isso só porque não tenho nada de bom pra fazer mesmo hoje. Não pense que eu me interesse por algum deles.

Luke e Stephanie percebem que os dois estavam saindo e indo na direção de uma rua onde haviam vários motéis.

—Pra onde aqueles dois pervertidos pensam que estão indo? —pergunta Stephanie.
—Maldito. Deve querer se aproveitar da Karen e por isso marcou esse encontro! Eu irei com você pra ver se ele vai tentar fazer algo com ela.
—Uh... Está com ciúmes da representante sem sal?
—E você, do lesado pervertido, não é? —pergunta Luke em tom provocativo.

Os dois negavam, porém continuavam seguindo Max e Karen e percebem que os dois não foram à motel algum. Apenas passaram pela rua e nem estavam prestando atenção nisso.  Ao chegar ao cinema, os dois notam que o filme iria começar algumas horas depois e então resolvem se divertir em alguns lugares próximos. Stephanie e Luke espiavam cada passo. Max e Karen se divertiram em alguns jogos e até tiraram uma foto. Faltando apenas uma hora para o filme começar, eles decidem ir à uma lanchonete para conversar e comer algo. Eles decidem ficar na parte externa. Stephanie e Luke se sentam em uma mesa próxima, mas faziam de tudo para não serem notados.

— Realmente esse passeio está sendo divertido —diz Max.
— Com certeza! Eu nunca tinha saído assim antes...
— Mesmo?
— Eu não tinha muitos amigos na escola... Sempre fui muito tímida e as pessoas só queriam minha ajuda para fazer seus trabalhos.
— E como está se sentindo agora na nossa escola?
—Muito melhor. As coisas parecem ter mudado tanto desde que eu me mudei pra lá. Conheci vocês, a  Sam e até me tornei representante da classe. Nunca pensei que algo assim fosse acontecer, em toda a minha vida.
— Eu também nunca tive muita sorte com isso. Quando estudava aqui em Carpe Diem, era bem solitário e não foi muito diferente por um bom tempo no Yamada.  Apesar de que fiz um amigo pouco antes de sair de lá, mas...
— Era o Tony?
—Não. É outra pessoa — diz Max um pouco pensativo e triste —Mas estou me sentindo feliz aqui. Estou conhecendo pessoas novas e apesar de o Luke e a Stephanie ficarem sempre rejeitando tudo, creio que logo nos tornaremos um grupo.
— Mesmo? — Karen lembra de Luke e fica feliz.
— Karen, eu...

                Max se aproxima mais de Karen e a olha nos olhos. A garota fica um pouco nervosa e envergonhada. Luke e Stephanie observam atentamente e acreditavam que os dois se beijariam naquele exato momento.

— Sim...?
— Eu não sou muito bom em me expressar às vezes, mas eu queria te dizer que —
—Vai se aproveitar dela aqui agora, espertão? —Luke aparece em frente à mesa dos dois.

Karen e Max se assustam e ao verem Stephanie ficam surpresos.

—O que vocês dois fazem aqui? Estão num encontro também?
—Claro que não, idiota! —respondeu Stephanie.
— Então, que coincidência encontrá-los aqui —diz Max.
—Mas como é burro! Melhor que ele não perceba mesmo —pensa Luke.

Karen sente seu coração bater um pouco mais acelerado ao olhar para Luke. Ele também corresponde o olhar, mas logo vira o rosto, sem entender o porquê. Os quatro estavam parados e sem dizer uma palavra. De repente o celular de Max toca e ele atende.

—Max! Onde você está?
—Estou em uma lanchonete próxima do cinema, vovô!
— O quê? Está no centro da cidade? Está com mais alguém?
—Sim. Karen, Luke e a Stephanie.
—Foram eles que armaram isso tudo! Saiam daí imediatamente!

Como em um passe de mágica, a loja ao lado começa a pegar fogo. Marco diz à Max que eles quatro estão sendo caçados por toda a cidade e precisam encontrar um local seguro para se esconderem imediatamente


Próximo: Capítulo 19 – Dark4: O Quarteto das Trevas

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