Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos. Contém temas sugestivos, linguagem inapropriada, nudez e violência.
Karen sorri e aceita o convite. Os dois combinam um horário
e vão embora juntos. Max estava muito empolgado com isso. Stephanie e Luke se
sentem extremamente incomodados com a situação.
—Eu nem sei o que estou fazendo aqui. Era melhor nem ter
ouvido essa conversa! Porque estou me sentindo tão incomodada agora? Nem me
importa que esses dois saiam! Eu talvez saia esse dia também. Espero nem me
deparar com eles por lá —pensa Stephanie e logo depois vai embora.
Luke ainda estava encostado no muro. Nesse momento ele
sentia mais raiva de Max e não entendia o motivo. Ele não entendia como o seu
“rival” conseguia se aproximar de Karen tão facilmente e ele não. Luke sempre
conseguiu conversar com qualquer garota, já que era bem mulherengo. Por que com
Karen era diferente? O que ela tinha de tão especial que o deixava naquele
estado? Ele prefere não pensar mais nisso e decide ligar para uma garota da sua
lista de contatos.
—Diana. Aqui é o Luke! O que acha de nos encontrarmos hoje
a noite na praça da cidade? Sim, estou completamente livre. Então, te encontro
por lá às sete. Até!
Feito isso, o garoto vai até sua casa primeiro. Chegando
lá, é recebido por sua mãe, Sora Carvalho. Era uma mulher até jovem e de
cabelos castanhos e encaracolados. Não se parecia muito com Luke, a princípio.
—Luke! Chegou cedo hoje, filho...
— É mãe, mas eu já já saio. Só passei pra tomar um banho e
trocar de roupa.
— Vai pra um daqueles seus encontros pegar mais uma? —
pergunta a sua irmã enquanto assistia televisão.
—Não enche, Lays! Acho que você deveria é procurar alguém
pra te “acalmar”.
— Ora, ora... Não fale assim com a sua irmã! Ela é uma
mocinha e você deve respeitá-la, ainda mais sendo o mais velho. Quer que a
mamãe te dê um corretivo, Lukezinho?
— Não! Odeio quando você me chama de ‘Lukezinho’. Tá bem, me desculpa sua chata, com esse humor
você não vai arrumar ninguém —diz Luke a sua irmã.
— Ora seu!
Luke sai correndo e ri enquanto sobe as escadas. Sora sorri
para Lays e diz que Luke realmente não mudou nada e é muito parecido com o pai
dele quando era jovem. Lays fica um pouco pensativa e diz que apesar de Luke
não ser um exemplo de perfeição, que ela gosta muito do irmão.
—Garanto que ele sente o mesmo por nós, filha. Agora vamos
preparar juntas algo pra jantar?
Naquela noite, na praça da cidade, Luke se distrai com
Diana e os dois se beijam. A garota o achou diferente do de costume e pergunta
se algo errado estava acontecendo. Ele respondeu que não era nada, e que era
melhor os dois curtirem o momento e esquecerem de tudo. Ela não acredita muito
no que ele dizia, porém não tocou mais no assunto.
Alguns dias se passaram e os quatro novos alunos iam se
mesclando mais ao meio escolar. O fim de semana então chega.
Karen se arrumava em casa e sua mãe entra em seu quarto.
Seu nome era Mary. Ela sabia que a filha iria sair com um garoto e dá várias
dicas para ela. Karen estava muito envergonhada e diz que os dois eram apenas
amigos.
—Mas é assim que começa, filha. Eu e seu pai começamos
saindo como amigos. E veja só onde estamos hoje.
O pai de Karen, Luigi, estava bem “pra baixo” essa manhã.
Karen pergunta o que havia acontecido.
—Filha... Você está crescendo... É que o papai não quer te
perder pra um marmanjo...
—Calma, pai. Ele é só meu amigo. Não estamos namorando nem
nada. Assim vocês estão me deixando tão envergonhada que eu estou até com medo
de ir.
— Querido, não assuste a Karen! Filha, fique calma. É
normal na idade de vocês ficar tão preocupado com um encontro. Se divirta com
seu “amigo” —diz a mãe de Karen dando risadinhas.
Karen chega ao local de encontro um pouco mais cedo e nota
que Max ainda não estava ali. Ela estava tensa e seu coração palpitava de forma
acelerada. Será que Max gostava dela? E
se ele a pedisse em namoro? De repente, Max vem correndo na direção dela e a
cumprimenta.
— Desculpe pelo atraso. Eu perdi a hora, mas o que importa
é que cheguei, não é? Agora vamos lá! —dizia Max num tom bastante animado.
Ele nunca tinha visto Karen usando outra roupa além do
uniforme da escola e vê que ela estava bonita. Ela usava roupas bem comportadas
e para a tristeza do garoto, nada de decotes.
—Pare de pensar essas coisas!—pensava Max — A Karen é uma
menina comportada e é sua amiga. Segura o pensamento!
Karen apenas ria e já estava começando a se sentir mais
confortável. Uma garota com óculos e chapéu estava observando os dois. Era
Stephanie. De repente, ela esbarra com Luke, que parecia estar observando
também.
—O que diabos você está fazendo aqui? —perguntam os dois ao
mesmo tempo.
—Não interessa. Só estava de passagem! Já você, toda
disfarçada... Estaria espiando aqueles dois? —pergunta Luke.
—Não é como se eu estivesse interessada nisso ou algo do
tipo! Só estava passando por aqui e os vi.
— Sei. Não é o que parece.
—E você? Como sabia que os dois estavam aqui se
encontrando?
—E-Eu... Fica na sua, patricinha. Não te devo satisfação
mesmo.
— Eu sabia. Você também está aqui para ver o que vai
acontecer, não é?
— Também? Então você acaba de assumir que está aqui pra
isso.
—Droga! —pensa Stephanie —De qualquer forma, isso prova que
nós dois ouvimos a conversa entre eles aquele dia!
—Certamente.
—Bem, agora que já estamos aqui... Eu irei continuar
observando até onde esses dois vão. Estou fazendo isso só porque não tenho nada
de bom pra fazer mesmo hoje. Não pense que eu me interesse por algum deles.
Luke e Stephanie percebem que os dois estavam saindo e indo
na direção de uma rua onde haviam vários motéis.
—Pra onde aqueles dois pervertidos pensam que estão indo?
—pergunta Stephanie.
—Maldito. Deve querer se aproveitar da Karen e por isso
marcou esse encontro! Eu irei com você pra ver se ele vai tentar fazer algo com
ela.
—Uh... Está com ciúmes da representante sem sal?
—E você, do lesado pervertido, não é? —pergunta Luke em tom
provocativo.
Os dois negavam, porém continuavam seguindo Max e Karen e
percebem que os dois não foram à motel algum. Apenas passaram pela rua e nem
estavam prestando atenção nisso. Ao
chegar ao cinema, os dois notam que o filme iria começar algumas horas depois e
então resolvem se divertir em alguns lugares próximos. Stephanie e Luke espiavam
cada passo. Max e Karen se divertiram em alguns jogos e até tiraram uma foto.
Faltando apenas uma hora para o filme começar, eles decidem ir à uma lanchonete
para conversar e comer algo. Eles decidem ficar na parte externa. Stephanie e
Luke se sentam em uma mesa próxima, mas faziam de tudo para não serem notados.
— Realmente esse passeio está sendo divertido —diz Max.
— Com certeza! Eu nunca tinha saído assim antes...
— Mesmo?
— Eu não tinha muitos amigos na escola... Sempre fui muito
tímida e as pessoas só queriam minha ajuda para fazer seus trabalhos.
— E como está se sentindo agora na nossa escola?
—Muito melhor. As coisas parecem ter mudado tanto desde que
eu me mudei pra lá. Conheci vocês, a Sam
e até me tornei representante da classe. Nunca pensei que algo assim fosse
acontecer, em toda a minha vida.
— Eu também nunca tive muita sorte com isso. Quando
estudava aqui em Carpe Diem, era bem solitário e não foi muito diferente por um
bom tempo no Yamada. Apesar de que fiz
um amigo pouco antes de sair de lá, mas...
— Era o Tony?
—Não. É outra pessoa — diz Max um pouco pensativo e triste
—Mas estou me sentindo feliz aqui. Estou conhecendo pessoas novas e apesar de o
Luke e a Stephanie ficarem sempre rejeitando tudo, creio que logo nos
tornaremos um grupo.
— Mesmo? — Karen lembra de Luke e fica feliz.
— Karen, eu...
Max se aproxima mais de Karen e
a olha nos olhos. A garota fica um pouco nervosa e envergonhada. Luke e
Stephanie observam atentamente e acreditavam que os dois se beijariam naquele
exato momento.
— Sim...?
— Eu não sou muito bom em me expressar às vezes, mas eu
queria te dizer que —
—Vai se aproveitar dela aqui agora, espertão? —Luke aparece
em frente à mesa dos dois.
Karen e Max se assustam e ao verem Stephanie ficam
surpresos.
—O que vocês dois fazem aqui? Estão num encontro também?
—Claro que não, idiota! —respondeu Stephanie.
— Então, que coincidência encontrá-los aqui —diz Max.
—Mas como é burro! Melhor que ele não perceba mesmo —pensa
Luke.
Karen sente seu coração bater um pouco mais acelerado ao
olhar para Luke. Ele também corresponde o olhar, mas logo vira o rosto, sem
entender o porquê. Os quatro estavam parados e sem dizer uma palavra. De
repente o celular de Max toca e ele atende.
—Max! Onde você está?
—Estou em uma lanchonete próxima do cinema, vovô!
— O quê? Está no centro da cidade? Está com mais alguém?
—Sim. Karen, Luke e a Stephanie.
—Foram eles que armaram isso tudo! Saiam daí imediatamente!
Como em um passe de mágica, a loja ao lado começa a pegar
fogo. Marco diz à Max que eles quatro estão sendo caçados por toda a cidade e precisam
encontrar um local seguro para se esconderem imediatamente
Próximo: Capítulo 19 – Dark4: O Quarteto das Trevas
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