Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos. Contém temas sugestivos, linguagem inapropriada, nudez e violência.
Alguns
dias se passaram desde o último ocorrido. Chad havia
desaparecido da escola e os membros do conselho informaram que o mesmo se
encontrava internado no hospital. Ele estava em coma. Os
médicos ainda tentavam descobrir do que ele tinha sido vítima e acreditavam que
ele havia ingerido alguma droga muito forte. Os membros do conselho o visitavam
sempre que podiam. Renan se lembra de algumas palavras de Chad, ditas um dia
antes de ele ter sido encontrado caído no parque e as cumpre. Luke, Stephanie,
Karen e Max estranharam o que houve com o ex-presidente do conselho e
nada comentaram sobre o ocorrido. Afinal, estariam colocando as suas próprias
identidades em risco se dissessem algo. Karen estava preocupada e já havia
cogitado em até fazer uma visita ao garoto. Ela se perguntava o que poderia ter
acontecido já que ele havia saído tão cheio de si atrás da sua recompensa. A biblioteca ficou fechada por alguns dias e
apesar da bagunça, apenas algumas coisas haviam sido quebradas. Uma delas era
uma estatueta no formato de um pé, conhecida como “Base de Hórus”. O ginásio
também ficou inutilizado por dias e os peritos ficaram intrigados por não
descobrirem vestígios que ajudassem a identificar os prováveis causadores de
tudo. Era como se tudo fosse apagado por magia ou algo do tipo. Renan havia se
tornado presidente do conselho e as coisas estavam mais rígidas na escola, já
que agora as atuações do comitê de disciplina se uniram às do conselho.
Em um desses dias, na turma de Luke, a professora anunciou
um tipo de trabalho em grupo.
– Tudo o que precisam fazer é escrever um roteiro parodiando alguma
pequena cena de alguma obra entre as que eu escolhi. Vocês tem até o final
da aula para me entregarem.
Todos já estavam animados e planejando entre si como seriam
os grupos, porém a professora os interrompe:
– Não quero acabar com a alegria de vocês, mas sinto dizer
que eu já escolhi os grupos por meio de um sorteio.. Logo depois que eu disser
quais serão, organizem as carteiras proximos uns aos outros.
Alguns pareciam desanimados ao ver que não estariam com os
amigos, porém outros tiveram a sorte de estar no mesmo grupo. Ela então se
prepara para anunciar outro.
– Nesse grupo estarão: Karen Mattos, Max Cavallini,
Stephanie Ferrer e Luke Carvalho.
Nesse momento os quatro ficam sem reação e se olham. Aquilo
não podia mesmo ser uma coincidência.
Max coloca sua cadeira um pouco
mais próxima a de Karen. Os dois estavam animados. Luke estava indiferente e
Stephanie não estava suportando a ideia. Para ela aquilo poderia acabar com sua
reputação já que ela não queria se envolver com nenhum dos três.
— Agora irei distribuir as obras
sorteadas pra cada grupo. Espero que todos façam um bom trabalho e lembrem-se
de usar bem o tempo —diz a professora.
Todos os grupos pareciam
animados e conversavam sem parar sobre o que poderiam fazer. Na verdade, quase
todos. Um deles permanecia em silêncio apenas lendo a história. Max então
resolve dizer algo:
– Que tal se a gente fizesse com
que... – Max é interrompido.
– E por acaso você acha que é o
líder do grupo? – pergunta Luke.
– Na verdade é porque ninguém se
manifestou e então eu...
– Você já começou tentando
assumir o comando. Saiba que não vou obedecer à ordem nenhuma que vier de você,
lesado!
– Vocês são tão barulhentos.
Vamos fazer isso logo e parem de discutir suas duas crianças – diz Stephanie.
– Porque não sugere algo então,
senhorita popularidade? – pergunta Luke.
– Porque não estou com vontade.
Pensem em algo vocês mesmos e dependendo do que for eu aprovo ou não.
– Já temos outra sem moral
alguma querendo colocar ordem – diz Luke.
– Como é que é delinquente
ridículo?
– Calma, calma. Já que nós três
não estamos entrando em acordo nenhum, eu acho que a Karen deveria sugerir como
podíamos começar a paródia – diz Max.
– E-eu? – pergunta Karen
assustada.
– Eu não me importo se for ela
quem escolher – diz Luke.
– Por mim tanto faz! – diz
Stephanie.
Karen sugere o início e logo depois voltam a pensar.
Vários minutos haviam passado. Max abaixa sua cabeça e comenta o quão difícil
era parodiar uma história daquele jeito. Karen deixa seu lápis rolar para a
ponta da mesa no lado oposto ao que ela estava, no caso, a de Stephanie, que estava olhando para outro lado. Para pegá-lo ela então se curva
e se estica. Max nota que era possível ver um pouco dos seios de Karen já que
ela estava se curvando. Os seus eram de um tamanho grande e isso chama atenção
de Luke que também observa fixamente. Á medida que ela ia se esticando mais
para tentar pegar o lápis os seus seios iam se comprimindo com a mesa. Os dois
já estavam começando a ficar excitados. Max então imagina a seguinte cena:
“ Karen estava vestida com o uniforme, porém a
parte de cima estava completamente desabotoada e com isso era possível ver o
formato de seus seios e um pouco do sutiã. Ela estava os comprimindo na mesa e
com o rosto envergonhado pedia para que ele pegasse o lápis para ela. Max ajuda
a garota e logo depois ela deixa o lápis cair “acidentalmente” no meio dos seus
seios e pergunta se ele poderia ajudá-la de novo.”
Max
continuava sonhando acordado, enquanto Luke observava com o rosto corado. Stephanie
olha para o grupo e se irrita ao ver aquilo. Ela então, de forma rápida e prática,
empurra o lápis na direção de Karen e acerta livros na cara dos dois garotos.
Karen fica sem entender o que estava acontecendo, e então continua a escrever.
Luke e Max pedem licença pra sair e os dois vão ao corredor.
– O que diabos você estava
fazendo seu maníaco? – pergunta Luke empurrando Max.
– O que eu estava fazendo?
– Quantos anos você tem? Acabou
de entrar na puberdade é?
– Você também estava olhando que eu sei... – diz Max enquanto dava
risadinhas discretas.
– Eu estava observando pra saber o que você tava olhando e por isso
levei uma livrada na cara da Stephanie. Só não reclamei porque senão a Karen ia
pensar que eu tava fazendo isso.
– E qual o problema? Cá entre nós, ela tem um belo par de seios...
– Cala a boca garoto em início de puberdade! Fica animadinho só de ver
um simples detalhe de seios. É mesmo uma criança...
– Não é isso. Eu só não
controlei a minha imaginação. Aliás, não era você quem estava curvando a cabeça
pro lado pra ver melhor?
– Tch! Fique mais atento seu lesado! Da próxima sou eu quem vai te
acertar e vão ser os meus punhos na sua cara! Aquele nosso duelo não definiu
nada e eu nem estava em boa forma – diz Luke enquanto saía irritado e com o
rosto corado.
– Será que ele gosta da Karen? Ou no fundo é de mim? – pensa Max e ri
logo em seguida — Com certeza é a primeira opção.
Luke e Max recebem uma encarada de Stephanie que pergunta
ironicamente:
– Os dois adolescentes foram direto pro banheiro porque viram algo
demais aqui?
– Cale-se! Eu não tenho que te dar satisfação, patricinha irritante –
responde Luke.
– E se tivermos ido? Você ficaria brava, Stephanie? – pergunta Max com
um sorriso no rosto enquanto colocava a mão no ombro dela.
Ela fica muito envergonhada e se afasta dele dizendo:
– Tire essa sua mão de mim seu pervertido!
Max ria e dizia que o senso de humor de Stephanie não havia mudado.
Karen continuava sem entender o que estava acontecendo e por isso continuava o
trabalho. Os três aproveitaram o resto do tempo e iam dando algumas ideias para
complementar a paródia. A aula acaba e Max entrega o trabalho à professora. Ele
diz a Karen que se não fosse ela, não saberia o que seria do grupo, mas que foi
um passo inicial para tentar “quebrar o gelo” entre eles.
—Está nos tratando como se todos já tivessem aceitado aquilo que seu
avô falou! — resmunga Luke — Eu ainda não decidi nada, por isso não fica se
achando aí não, lesado.
— Eu sei que você vai aceitar a proposta, Luke —responde Max com um
sorriso no rosto.
— Não vou! Só pra contrariar você! E fica esperto que eu te “quebro”
se você continuar com esse assunto! Carinha chato!
Karen ri um pouco por achar engraçada a feição que Luke fez e ele observa
o sorriso dela. O garoto fica envergonhado
e se despede. Stephanie nem dá muita atenção e sai para encontrar seu grupo.
– Stephanie, e como foi seu desafio? – pergunta uma das garotas sarcasticamente.
– Uma tortura! Lidar com um pervertido irritante, um tarado
delinquente e uma garota chata não foi nada divertido. Vamos almoçar que eu
preciso de um ar puro!
Depois do almoço, Karen caminhava pelos jardins. Ela estava pensativa
quanto ao assunto envolvendo todos eles e o tal Elemento7. Uma garota que já vinha
a observado desde um bom tempo, coloca a mão em seu ombro.
—Você é Karen Mattos, não é?
—Sim, sou eu
mesma — Karen se vira e olha para o rosto da garota.
Ela era ruiva, tinha
os cabelos curtos, bonita e passava simplicidade em seu olhar.
— Eu estava
certa! Quero falar com você, pois te observei durante alguns dias e descobri
algo a seu respeito!
Karen se assusta
e imagina se a garota havia descoberto que ela tinha poderes.
Próximo:
Capítulo 16 – Novos Alunos
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