Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos!
– Vovô? – perguntaram os outros
três, impressionados.
– Isso mesmo! Ele é o meu avô! –
diz Max entusiasmado.
– Irei me apresentar a vocês,
jovens. Sou Marco Acquazzi. Como puderam
notar minha jovialidade, tenho por volta dos quarenta e tantos anos...
– Vovô, você tem cinquenta e
oito!
– É quase próximo disso – dizia
enquanto tossia e tentava disfarçar – Max, olhe para seu estado, andou brigando na
rua?
– É, aconteceram algumas coisas.
Ainda bem que você chegou para nos salvar. Muito obrigado! Estávamos quase para
morrer e...
– Por pouco o seu neto fracote
não foi derrotado por mim. Quero uma revanche já que nosso duelo foi
interrompido! – diz Luke.
– Ora, ora. Então você estava no
meio de um duelo? Desde quando brinca dessas coisas?
– Anteriormente sim, mas eu não
tinha mesmo intenção de duelar com o Luke, por isso fingi que fui derrotado por
ele.
— Tch! Não tem coragem de
admitir que perdeu e fica inventando desculpa esfarrapada — comenta Luke.
– E essas duas garotinhas? Não
precisam ficar envergonhadas, podem participar da conversa também – dizia Marco
enquanto mostrava seu grande sorriso,
muito parecido com o de Max.
– Obrigada, e eu não tenho mais nada
a dizer! – diz Stephanie enquanto virava a cara para o lado.
– Obrigada por nos salvar – diz
Karen.
Marco logo muda um pouco a sua
expressão. Max se lembra de algo e comenta:
– Aconteceu algo, vovô? Você
veio às pressas e nos procurou aqui na escola. E o que são herdeiros alfa? Você
me disse apenas que eu iria encontrar três pessoas que teriam poderes como eu.
– Digamos que é hora de eu
contar algo a vocês quatro. Poderiam prestar bastante atenção? Precisam saber
da atual situação
Os quatro pareciam bem curiosos
e atentos ao que Marco, que aparentava estar bem mais sério, iria dizer.
– Vocês são herdeiros diretos
das antigas famílias ‘Alfa’. Há alguns milênios atrás, o mundo era divido em
grandes reinos. Eram sete ao todo. Cada um desses reinos abrigava uma família
com membros dotados de poderes especiais. Todos eles já nasciam assim e
passavam os seus genes adiante. Esses poderes eram de suma importância naqueles
tempos e evitavam muitas catástrofes. Além disso, existia algo muito superior
que equilibrava e podia fazer coisas
inimagináveis, o “Elemento7”. Porém, quando pessoas ruins descobriram tudo a
respeito, usaram de sua ambição maligna para transformar o mundo em caos.
Temendo que as coisas ficassem piores do que já estavam, as famílias tentaram “concertar”
o mundo que já estava mergulhado num terror sem igual e abdicaram de seus
poderes para criar sete chaves e selar o Elemento7.
– E o que é esse tal Elemento7?
– pergunta Luke.
– Alguns dizem que é um
artefato, outros que é um tipo de poder ou magia. Há aqueles que acreditam até
que seja um lugar. Ninguém pode afirmar o que é o Elemento7.
–E porque temos esses poderes agora se os supostos
‘familiares’ os abdicaram anteriormente? – pergunta Stephanie.
– Para a surpresa deles, a transmissão
de genes com poderes ainda ocorreu, porém de uma forma muito rara e eles não se
manifestavam em qualquer um.
—Vovô, e por que motivo eles se
manifestaram em nós?
– A integridade do Elemento7
está em risco. Os poderes dos herdeiros se manifestariam em casos onde alguma
chave fosse encontrada.
– Senhor, tudo isso está
relacionado com os acontecimentos desses últimos dias? – pergunta Karen — Se eu
me lembro bem meus poderes começaram a aparecer por volta de alguns anos atrás.
– Pra quê toda essa formalidade?
Pode me chamar de você – dizia Marco sorridente – É quase certo que alguém já encontrou alguma das sete chaves
há alguns anos atrás, e por isso o poder de vocês despertou. Muitos sabem a
respeito do Elemento7 e buscam eliminar os herdeiros alfa, que até então são
desconhecido pela maioria. Eles vêm vocês como um problema para os objetivos
malignos de dominação.
– Por quê? – pergunta Stephanie.
– Vocês têm poder suficiente
para resgatar as chaves e selar o Elemento7. É por isso que precisam tomar
cuidado a partir de agora. Existem muitas pessoas e grupos interessados na
obtenção do poder do Elemento7 e farão qualquer coisa por isso sem medir
esforços. E isso não é de hoje, portanto precisam se ligar!
– E sobre o Elemento7? Você sabe
mais a respeito? – pergunta Max.
– Eu só sei o que disse.
Desconheço até a forma do mesmo. Provavelmente quem está atrás dele saiba muito
mais.
– Isso é loucura! Quer dizer que
minha vida vai estar em risco a partir de agora? Vou receber mais ameaças e ser
perseguida? – pergunta Stephanie.
– Eu sinto dizer que há uma
grande possibilidade. É por isso que vocês quatro precisam se unir a partir de
agora. Se formarem um grupo, será muito mais fácil já que cada um ajudará o
outro.
– Formar um grupo? – pergunta
Luke em um tom de ironia – Quer que banquemos os “super-heróis”?
– Nós não temos escolha, Luke.
Isso tudo parece tão sério – responde Max.
– É difícil até de acreditar...
Porém, algumas coisas começam a fazer sentido agora – comenta Karen.
– E quem garante que toda essa
história é verdadeira? Esse homem nem sabe com detalhes toda a história! Eu não
quero me juntar e fazer grupo algum! Se me derem licença, estou me retirando
daqui. Pra mim já deu o que tinha que dar por hoje! – diz Stephanie enquanto se
preparava para sair.
– Vocês precisam se unir! Os
desafios estão só começando! Vejam o que quase aconteceu a vocês hoje. Eles não
estão de brincadeira.
– Não estou com cabeça para
isso. E nem sei se você está falando a verdade, ainda mais por ser avô desse
lesado! Como eu poderia ter certeza que você está falando sério? Como pode
saber de tudo isso? – pergunta Luke.
– Estou falando sério! Eu vim avisá-los o quanto antes para fazerem
algo a respeito antes que seja tarde. De qualquer forma, eu esperava esse tipo
de reação. É bem chocante para vocês. Agora é melhor descansarem bastante
depois dessa de hoje. Pensem melhor durante alguns dias e logo voltarei para
saber como andam as coisas e o que cada um decidiu.
Já era bem tarde e por isso o
avô de Max oferece carona a todos. Mas algo estranho estava acontecendo.
Ninguém parecia ter notado o que houve na escola. Nem bombeiros ou a polícia
sequer apareceram por ali. Todos permaneceram em silêncio dentro do carro e
rapidamente foram deixados em casa. Karen percebe que seus pais ainda não
haviam retornado da viagem de emergência para ver um parente em outra cidade.
Ela estava exausta. Luke entra silenciosamente e ao chegar em seu quarto, fica
pensativo a respeito do que ouviu. Ao chegarem à casa de Stephanie, a mesma
agradece e sai do automóvel sem fazer muitas cerimônias. Marco comenta:
– A herdeira do vento...
Provavelmente vai ser a mais difícil de convencer.
– E como vai... Mas agora eu
acredito completamente em você, vovô! Quando me disse que eu iria encontrar
pessoas parecidas comigo nessa escola eu meio que duvidei um pouco. Logo no meu
primeiro dia de aula e eu vi que você estava certo! – responde Max – Mas tem
algo que me incomodou durante essa conversa.
– E o que é?
– Vovô, algo está acontecendo,
não está? Você me disse que só viria em caso de emergência.
– De fato... Mas vamos nos preocupar com a união de vocês
quatro primeiro, não é?
– Ok!
– Ah Max! O seu avô anda tão
solitário ultimamente. A minha última namorada terminou comigo!
— Vovô, o que você fez dessa vez
hein? —pergunta Max se segurando pra não rir.
—
Nada demais... Que mulher ciumenta! Nenhuma delas vai ser como a sua falecida
avó... —suspira Marco enquanto tentava esconder a explicação do que havia
ocorrido.
— Vovô... — Max o encara.
— Tá bom! Foi porque ela me encontrou tocando os seios de
uma outra moça bonita que vi no festival. Eu me senti tão atraído por aquele
belo par de ‘melões’, não resisti e toquei por alguns segundos apenas...
– Viu só? Já tá solteiro de novo
—Max ri — Mas me conta vai... De que tamanho eram os ‘melões’ da moça?
– Eram dos grandes! Um F-cup!
— F? Nossa, tá explicado então!
E ela não te bateu quando os tocou?
— Meu caro neto... As mulheres
não são tão santas quanto querem mostrar. Ela gostou, eu tenho certeza!
Os dois riam muito juntos. Marco
parecia estar com saudades de conversar com seu neto, pois já fazia um bom
tempo que não se viam. Apesar dessa alegria toda, algo ainda o incomodava em
seus pensamentos:
–
Então é isso. Ele realmente já começou a se mover!
Enquanto isso, haviam duas
pessoas próximas ao Colégio Valle Diem. Eram dois homens e só era possível ver
a sombra deles.
— Herdeiros Alfa... Então quer
dizer que estão todos nessa escola.
— Tch! Pra mim são todos uns
idiotas!
— Seus comentários realmente
hein...
— Não importa! Aliás, porque
usou seus poderes para esconder o que ocorria nesse local? Facilitando o
trabalho do Gerard?
— Não é só isso. A partir de
agora quero observar tudo. Ela previu que logo os herdeiros cruzarão o nosso
caminho.
— E o que as previsões daquela mulher
tem a ver? Ah, já sei... Daqui você vai correndo contar pra ela, não é?
— Provavelmente.Porquê? Está com
ciúmes?
—Você é idiota? É claro que não
é isso! —responde o outro homem com uma voz embaraçada.
— Eu te conheço melhor do que
qualquer um — responde o outro enquanto ria discretamente — Acho melhor
voltarmos para a empresa. Já observei o bastante por hoje!
Os dois desaparecem em
segundos.
Próximo: Capítulo 15 – Paródia e... Peitos?
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